Arouca-Benfica, 0-2 Tudo o que disse Bruno Lage após o triunfo em Arouca

Técnico do Benfica comenta vitória que permite a aproximação das águias ao topo da Liga

Bruno Lage analisou a vitória do Benfica em Arouca, em duelo da 12.ª jornada, que permitiu às águias reduzir distâncias para o líder Sporting.

— Como analisa a exibição do Benfica em Arouca?

— Acho que é uma vitória  justa, entrámos com a mentalidade certa no jogo. Mais importante era vencer, há jogos em que temos de vestir o fato-macaco e fizemo-lo muito bem. Os campeões fazem-se destas vitórias. Mérito total aos jogadores, porque cumpriram o plano de jogo, tiveram a mentalidade certa e o jogo foi a crescer. Tínhamos de manter a confiança na equipa que jogou, apesar de sentirmos as dificuldades das viagens, quer de regresso do Mónaco, quer para Arouca. Fizemos um jogo muito determinante e é um resultado justo.

— Mantém o objetivo de reduzir distâncias para o Sporting até final do ano?

— Tínhamos como objetivo reduzir distâncias para o primeiro classificado, conseguimos reduzir. O nosso foco continua igual. Agora é recuperar animicamente e fisicamente, foi um desgaste enorme, num terreno difícil. Preparar da melhor maneira, porque o Vitória está a fazer uma época muito boa. Temos de estar recuperados e com a mentalidade certa para vencer o próximo jogo.

— O deslize dos rivais dá motivação adicional à equipa?

— O ponto determinante é a cada momento darmos uma boa resposta. Nada faria sentido se hoje não tivéssemos a resposta. Temos de preocupar conosco e a maior motivação para nós é a exibição que fizemos com Atlético de Madrid, com o FC Porto, na taça, a reviravolta no Mónaco. Desde a minha chegada, quando olhámos para a distância pontual, sentíamos e sabíamos que se vencêssemos todos os jogos seríamos campeões. Mas no objetivo até final do ano, podíamos ambicionar reduzir distâncias para o primeiro lugar, porque havia o jogo do confronto direto. Entretanto já aconteceu.

— Esperava recuperar pontos para o Sporting em tão pouco tempo?

— Não pensei nisso e não vejo dessa forma. Não são eles que estão a ajudar o Benfica. É o Benfica no trabalho diário que está a ajudar a si próprio. Mérito dos jogadores. Ainda ontem, aproximadamente 60 treinos, 28 em que tivemos o grupo todo e, desses, apenas nove para trabalhar coisas que sentimos que são determinantes para a nossa forma de jogar. Quando olhamos para o jogo, ainda sentimos que há algumas coisas a melhorar. É para isso que olhamos. Isso é que vai ajudar a equipa do Benfica.

— Que desafios a nível tático encontrou em Arouca?

— O primeiro desafio era termos a mentalidade certa, a atitude certa e estarmos disponíveis para o jogo. Tínhamos de estar sérios, com os tempos certos na pressão certa. Era o maior desafio em função da qualidade desta equipa e a postura que têm contra qualquer adversário.

— Como avalia o empréstimo de Henrique Araújo ao Arouca?

— Conheço muito bem o Henrique, tenho acompanhado a espaços, gosto muito dele. Com 17 anos já treinava comigo e já sentia que ele dentro de área era um jogador com enorme qualidade. O que vejo é que continua com essa qualidade e essa competência. Chamava frequentemente Gonçalo Ramos e Henrique Araújo e dentro da área gostava muito dos movimentos curtos, do timing de finalização, do toque de finalização, a forma como descobria os espaços entre o guarda-redes para marcar o golo. Acredito que as competências estão lá, agora é tudo uma questão de ter uma oportunidade. Tem vindo a fazer um trabalho por fora, em vários clubes, foi para o Championship, esteve em Portugal, agora está no Arouca. Tem de continuar a fazer o trabalho dele, olhar para ele e perceber o que é que pode melhorar, porque nós estamos atentos a todos os jogadores que estão emprestados.