Trubin: «Tudo farei para ir aos Jogos Olímpicos»
Guarda-redes diz que ainda não falou com o Benfica; «Não sei o que vai acontecer»; Sente que fez a escolha certa ao mudar-se para a Luz
Anatoliy Trubin insiste no desejo de participar no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos, mas confessa que ainda não informou o Benfica, que terá de autorizar a participação de qualquer jogador na competição. Os encarnados serão confrontados, assim, com mais um pedido, depois de Nicolás Otamendi também ter mostrado interesse em participar na prova, que se realiza de 24 de julho a 9 de agosto, em Paris. A primeira jornada do campeonato está agendada para o fim de semana de 10 e 11 de agosto.
Trubin, numa longa reportagem publicada no canal de YouTube Vzbirna, falou do assunto quando foi questionado se tinha planos para casar com a namorada este verão. Recordou que iria participar no Euro 2024 (integrou ontem os trabalhos da seleção na Alemanha), partilhou que ainda desconhecia quando seria o estágio de pré-época do Benfica e insistiu no desejo de participar nos Jogos Olímpicos. Já tinha falado disso em janeiro. Mas agora foi mais longe.
«Quero ir aos Jogos Olímpicos. Ainda não falei com o clube, mas já falei um pouco disso com o treinador de guarda-redes e com o treinador. Ainda não sei se posso ir. O Japão qualificou-se para os Jogos Olímpicos e um dos nossos guarda-redes [Leo Kokubo] vai. Alguém terá de ficar [no clube]. Não sei o que vai acontecer. Espero e quero muito que tudo se resolva. É uma oportunidade única para mim e histórica para a Ucrânia, que se qualificou pela primeira vez e queremos acabar esta história de uma forma bonita. Farei tudo o que for possível para o Benfica me autorizar. Também ouvi dizer que Di María [o avançado recusou o convite, mas Otamendi quer estar presente, n.d.r] quer ir. Não sei se isso acontecerá. Mas se fosse por mim iria ao Euro-2024 e aos Jogos Olímpicos», partilhou.
«Tornei-me melhor»
Trubin, numa conversa em Lisboa e no Centro de Formação e treino no Seixal, revelou o que mais e menos gosta de Lisboa, falou do bom tempo em Portugal, da gentileza e simplicidade das pessoas, do ambiente extraordinário nos estádios, da irritação provocada pelo facto de os portugueses não utilizarem os piscas, do trânsito no centro de Lisboa ou na ponte 25 de abril, dos contactos regulares com os ucranianos e da presença na manifestação de apoio ao país em guerra e até de um adepto do Sporting que lhe pediu para não defender tantas bolas.
E, claro, falou também do Benfica. Contratado ao Shakhtar Donetsk por €10 milhões, o guarda-redes contou que já fala algum português, depressa aprendeu as frases mais importantes para comunicar em campo e, apesar de época negativa do Benfica e de ter vivido «boas e más emoções», atira: «Tornei-me melhor. Foi 100 por cento a decisão certa e estou muito satisfeito. Estamos tristes porque não conseguimos alcançar os objetivos, isso foi o pior e foi doloroso. Mas acredito que estas experiências nos unem e que voltaremos mais fortes na próxima época, que será melhor.»
Trubin disse ainda que soube que o Benfica «é um grande clube», mas não deixou de ficar surpreendido pela positiva. «Só quando estamos cá dentro percebemos a verdadeira dimensão, como é enorme a base de adeptos, talvez 70 a 80 por cento apoiem o Benfica. Senti desde os primeiros dias que este é um grande clube com grandes ambições e grandes objetivos», afirmou.