Tripla de avançados do Benfica bate a anterior... aos golos

NACIONAL13.12.202421:09

Acusação de que os ponta de lança estão a marcar pouco não é totalmente justa, pelo menos em função dos números registados por Musa, Tengstedt e Arthur Cabral em idêntico número de jogos de 2023/24

Ao fim de 21 jogos do Benfica na temporada 2024/25, quatro sob as ordens de Roger Schmidt e 17 sob o comando técnico de Bruno Lage, Pavlidis leva seis golos marcados, Arthur Cabral e Amdouni fizeram quatro cada um, num total de 14 golos para o trio de pontas de lança dos encarnados.

Não parece muito, mas também não é assim tão pouco, pelo menos estabelecendo uma comparação direta com os homens, e os números, da temporada passada, quando o plantel do Benfica enfrentava a competição com Petar Musa, entretanto transferido para a liga norte-americana (anunciado pelo FC Dallas no início de fevereiro), Casper Tengstedt (emprestado pelo Benfica ao Hellas Verona, da liga italiana, até final da temporada) e Arthur Cabral, que continua na Luz, apesar de o seu nome ter sido fortemente associado a uma transferência no último verão, precisamente por falta de rendimento atacante.

Um olhar rigoroso sobre os golos do Benfica ao fim dos primeiros 21 jogos da temporada passada mostra que Petar Musa, o croata, era o melhor marcador do trio, com contribuição de quatro golos, ao passo que Tengstedt e Arthur Cabral registavam dois pontapés certeiros cada um, para o total de oito golos com assinatura de ponta de lança.

Nos 21 jogos da presente temporada, há já 14 golos com dedo de avançado-centro. Seis deles pertencem, pois, a Pavlidis, o habitual titular, que tem recebido críticas, com alguma justiça, em relação à sua finalização. Os encarnados estão a marcar mais (53 golos contra os 42 obtidos em igual número de jogos da temporada transata) e, sobretudo, a produzir mais oportunidades para o ponta de lança e o internacional grego tem sido visto a perder grandes ocasiões. Não obstante, Pavlidis aparece igualmente em aspetos coletivos e tem, por exemplo, o apreciável registo de três passes para golo.

Arthur Cabral, por seu turno, leva o dobro dos golos, jogando bastante menos do que em 2023/24, quando lutava para conquistar a confiança de Roger Schmidt e poder ser substituto à altura de Gonçalo Ramos. O brasileiro foi, por exemplo, cinco vezes titular nos primeiros 21 jogos da equipa, este ano leva apenas três escolhas iniciais em 17 utilizações. Em relação a Amdouni, o mesmo número de golos de Cabral, quatro, igualmente com estatuto de suplente. Talvez possa comparar-se a Tengstedt, num patamar superior.

Há um ano, como agora, os melhores marcadores do Benfica nada têm a ver com pontas de lança: Di María e Akturkoglu, respetivamente.