Encontro entre Colo-Colo e Fortaleza, no Chile, estava empatado antes da entrada dos adeptos visitados no relvado

Tragédia no Chile: dois mortos, invasão de campo e jogo da Libertadores cancelado

Encontro entre Colo-Colo e Fortaleza, no Chile, estava empatado antes da entrada dos adeptos visitados no relvado

O jogo entre Colo-Colo e Fortaleza, no Chile, a contar para a segunda jornada do grupo E da Libertadores, foi cancelado após invasão de campo dos adeptos do clube chileno na segunda parte.

A partida ficou marcada por uma tragédia ainda antes do pontapé de saída, com a morte de dois adeptos fora do Monumental após confusão generalizada.

Deyverson, que estava no banco do Fortaleza, mostrou objetos arremessados pelos adeptos do Colo-Colo no início da segunda parte. Além disso, o vidro que separa os adeptos do relvado foi partido. Os adeptos do Colo-Colo invadiram o relvado e a equipa do Fortaleza correu para os balneários. Os jogadores dos chilenos tentaram conter os seus adeptos, mas o encontro acabou por ser cancelado.  

Segundo a imprensa brasileira e chilena, a morte dos dois adeptos, que teriam 18 e 13 anos, gerou revolta nas bancadas, o que motivou a invasão de campo. De acordo com o La Tercera, houve confusão na entrada e cerca de 10 adeptos foram presos, havendo registo de feridos.  

Chefe de segurança dos estádios renuncia ao cargo

A chefe de segurança de estádios do Chile, Pamela Venegas, pediu demissão após a morte dos dois adeptos na imediações do Estádio Monumental, em Santiago. A informação foi confirmada pelo ministro da Segurança Nacional, Luis Cordero, em conferência de imprensa. 

«Dadas as circunstâncias em que os eventos ocorreram e a maneira como algumas decisões foram tomadas, Pamela Venegas apresentou a demissão, que foi imediatamente aceite», referiu. 

Incidentes nas imediações do Monumental antes do jogo entre Colo-Colo e Fortaleza (IMAGO / Photosport)

Morte de adeptos investigada e polícia indiciado 

Luis Cordero anunciou que um polícia foi indiciado pela morte dos dois jovens adeptos. Enquanto as causas da morte estão a ser investigadas, o chefe da Segurança do Governo confirmou o afastamento do polícia que conduzia um veículo com gás lacrimogéneo.  

Segundo a imprensa brasileira, os dois adeptos terão ficado presos no meio da multidão que tentava entrar no estádio e o veículo com gás lacrimogéneo terá passado por cima da cerca, atropelando-os. 

Presidente do Colo-Colo chocado com os graves incidentes 

O presidente do Colo-Colo, Aníbal Mosa, foi um dos últimos a deixar o Monumental depois dos graves incidentes. 

«O mais terrível é a perda das duas vidas. Vamos analisar a partida e as possíveis sanções. O mais difícil é a morte dos dois adeptos. E isso deixou-nos em choque. Vamo-nos colocar à disposição das famílias para ver como podemos ajudar», comentou. 

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