Tozé Marreco: «Ian Cathro? Se calhar devia preocupar-se mais com o que se passa em campo….»
Tozé Marreco, treinador do Farense Foto: SC FARENSE

Farense-Estoril, 1-0 Tozé Marreco: «Ian Cathro? Se calhar devia preocupar-se mais com o que se passa em campo….»

NACIONAL06.10.202419:34

Treinador feliz com a primeira vitória do Farense no campeonato. Resposta ao treinador do Estoril, que criticou tática dada com o quadro perto do final do jogo. Considera Ricardo Velho o melhor guarda-redes português.

Tozé Marreco, treinador do Farense, estava feliz com a conquista da primeira vitória do Farense na Liga. O treinador explicou também a a mudança tática que fez perto do final – com críticas de Ian Cathro, treinador do Estoril – e que resultou com o golo obtido.

«A vitória teve um sabor muito especial, por tudo o que tem sido a época do Farense, da forma que foi, com os constrangimentos que temos. É uma vitória arrancada a ferros, mas justa, de uma equipa que soube o que tinha a fazer. O (Ricardo) Velho foi decisivo, como sempre, numa defesa teve uma intervenção de golo. De resto, tivemos duas bolas no poste e uma vitória, acima de tudo, merecida para os rapazes que têm sido incansáveis no trabalho. Era importante irmos por passos: quebrar a série de derrotas, não sofrer golos e depois ganhar. Volto a dizer, temos sete jogadores lesionados e, portanto, os constrangimentos são grandes. A resposta que a equipa deu é de homens valentes e essa crença, necessária na adversidade, é que fica deste jogo», começou por referir na análise ao jogo, na sala de imprensa do São Luís.

«Estou muito contente por eles, mas há uma má notícia que eu lhes dei no final do jogo: é que há muito por fazer. Hoje, merecem muito festejar, com as famílias e amigos, e depois começar a preparar o jogo da Taça de Portugal e recuperar os jogadores lesionados. Acabei por ser expulso porque fui festejar com o meu filho, que estava daquele lado. São momentos marcantes, mas quero repetir. Quero repetir as vitórias em casa e este ambiente. É importante que as pessoas tenham paciência, percebam a envolvência e que temos muito campeonato pela frente. Se eu sentisse que os jogadores não queriam, não andavam, não treinavam, não lutavam, eu seria o primeiro a dar a cara. Mas não acredito que isso aconteça, com este grupo de homens», disse ainda.

Sobre as críticas apontadas por Ian Cathro, treinador do Estoril, disse: «Quando meti o Raúl Silva na frente e preparámos aquele ‘3-4-3’, se calhar passei por maluco, mas as coisas acabaram por correr bem. Ian Cathro? Se calhar, devia-se preocupar mais com o que se passa no campo, não tenho nada a comentar. Ganhámos, ganhámos bem, é virar a página e seguir.»

O treinador comentou ainda a convocatória de Ricardo Velho para a seleção nacional, considerando-o o melhor guarda-redes português. «É absolutamente justíssima. Com todo o respeito que tenho pelo Diogo Costa, para mim, ele é o melhor guarda-redes em Portugal. E vai provar. Quando cheguei, disse-lhe que vai ter menos defesas para fazer, mas vai ser igualmente decisivo. A carreira do (Ricardo) Velho é de dedicação, de trabalho. Nunca foi uma promessa enorme, foi à custa de trabalho e da dedicação dele. Sei que ele vai chegar a outros voos, bem merecidos, mas esta época precisamos dele absolutamente focado e exemplar no trabalho, como tem sido. Na seleção, tem tudo para ombrear com o Diogo (Costa) nas escolhas do selecionador», acredita.