— A estratégia do Nacional resultou até ao momento em que Trincão marcou aquele grande golo. Como analisa o jogo?— A verdade é que no jogo de hoje tanto na organização defensiva como na defensiva, na primeira parte, o jogo foi desequilibrado. O Sporting passou à vantagem com um momento de inspiração individual, num grande golo de Trincão. Também não fomos tão competentes quanto queríamos naquele que era o nosso momento de transição. Não encontrámos, fruto da qualidade e da organização do Sporting, os pontos de ligação corretos na primeira parte. Penso que a vantagem do Sporting ao intervalo foi justa. Depois, na segunda parte, procurámos alterar os pontos de transição e conseguimos fazê-lo com sucesso. E aí sim, já conseguimos crescer mais no campo, conseguimos ter um ou outro momento de circulação. E já para o fim, uma outra aproximação à baliza com o Penha. verdade é que agora para o fim, já no momento em que procurámos desmontar mais, pressionar mais à frente, o Sporting acaba por chegar à vantagem de dois golos. Não conseguimos, justamente, mas acabamos como um pouco de amargo de boca, pois conseguimos disputar o jogo quase até ao fim. —Avançou de início com um sistema de três centrais, que de alguma forma condicionou e muito a estratégia ofensiva do Sporting. Também, durante a primeira parte, vi-o várias vezes a pedir ao Bruno Costa para esticar mais na zona esquerda. Era esse momento de transição que se referia a instantes? —Na primeira parte, sim. Esse ponto de ligação não estava a acontecer. Como disse, depois retificámos ao intervalo. Mas penso que ao nível da organização e a criar dificuldades ao Sporting para chegar à nossa baliza, tivemos sucesso. Apesar de podermos também ser um bocadinho mais agressivos na zona central do terreno. Penso que a equipa, nesse aspeto, jogou de menos para mais. — E agora, Tiago Margarido, depois de duas vitórias consecutivas, esta derrota aqui em Alvalade, vem aí Arouca, que acredito é para ganhar porque é o adversário direto do nacional da Madeira. — Logicamente. Esta derrota não vai abalar aquilo que são as nossas aspirações. Não nos vai colocar para baixo dentro do momento que estávamos a viver. Sabíamos perfeitamente que íamos defrontar o Sporting, o campeão nacional, o líder do campeonato em sua casa. Estávamos conscientes de que ia ser muito difícil. Vínhamos com a ilusão de conseguir algo positivo ou tirar algo positivo daqui. A verdade é que continuamos o nosso caminho, o nosso campeonato, confiantes daquilo que fazemos e com muita confiança já para o próximo jogo.
