Telasco Segovia: «Espero superar-me na próxima época»
Médio venezuelano foi aposta de Gonçalo Santos na segunda metade da temporada; confessa-se satisfeito e aposta forte em 24/25, em conversa com A BOLA
O médio de 21 anos termina a temporada justificadamente motivado: após ter chegado ao Casa Pia já com o mercado encerrado e com algum atraso para os seus colegas, aguardou pela sua oportunidade e agarrou-a, sendo ao dia de hoje um titular nos gansos sob o comando dos gansos sob o comando de Gonçalo Santos, a quem agradece pela «aposta» em conversa com A BOLA.
A época está a terminar, com o Casa Pia a ter alcançado o seu objetivo de manutenção. Que retrospetiva faz ao percurso da equipa?
Bom, creio que foi uma temporada difícil para todos, vários treinadores…mas acredito que com a união do grupo soubemos enfrentar os jogos, as coisas iam chegando e soubemos enfrentá-las, mesmo os jogos que não nos correram tão bem. Foi uma época bonita em que pudemos permanecer na Liga.
O facto de o Casa Pia ter tido três treinadores numa só época tornou o feito do Casa Pia ainda mais digno de realce?
Sim, claro! Foi muito bonito termos enfrentado uma época com três treinadores, apesar de difícil. No final, o mister Gonçalo soube agarrar a equipa, vínhamos de jogos muito maus e estávamos em zona de descida. Ainda assim, conseguimos sobressair e sair de lá e graças a Deus fizemos bem as coisas.
No início da temporada, não teve muitos minutos com Filipe Martins. Estava ainda em período de adaptação?
Sim, claro. Cada treinador tem o seu método e os seus jogadores e creio que para mim foi uma temporada de aprendizagem. Penso que cresci muito mais com o mister Gonçalo, que felizmente me deu a sua confiança e me concedeu minutos.
Foi muito positivo poder ter tido o mister Gonçalo. Pude terminar a época com oito partidas a titular, esta temporada foi muito boa para mim. Acho que me favorecem mais as posições 6 e 8 no meio-campo
Depois de Filipe Martins, chegou Pedro Moreira, com quem também não somou muitos minutos, mas neste caso porque se ausentou para disputar o Torneio Pré-Olímpico pela Venezuela. Acha que isso o impediu de ganhar o lugar mais cedo?
Não creio. Penso que o Pré-Olímpico foi muito bom para mim, estive muito bem pela Venezuela e isso ajudou-me muito a voltar à equipa, chegar e ver que podia acrescentar algo de diferente, com o mister Gonçalo a dar-me oportunidades e a poder somar mais pontos. Acho que foi muito positivo para mim, porque voltei e o mister deu-me a oportunidade de jogar e conquistar a sua confiança jogo a jogo. Isso foi o melhor para mim em toda a temporada, pois não vinha jogando até então.
Apesar de apenas ter assumido o cargo de treinador principal em fevereiro, Gonçalo Santos está no clube desde o início da temporada. Já sentia que ser aposta deste técnico quando ele ainda era adjunto?
Sim, o mister Gonçalo falou comigo várias vezes como adjunto, sobre os posicionamentos em campo e não falámos muito, mas na verdade se fui aposta para ele, isso resultou muito bem, graças a Deus. Ele deu-me confiança, estou muito feliz e creio que o mister também, estamos muito felizes com o meu rendimento e espero superar-me na próxima época porque isto não acaba aqui.
Eu e o Neto completamo-nos muito bem. Acho que é grandíssimo jogador e muito importante para o Casa Pia, os 100 jogos que cumpriu ao serviço do clube são magníficos e foi uma época muito boa para nós
O Telasco é encarado como uma das maiores esperanças do futebol da Venezuela. Esta boa fase pode ajudar à sua afirmação, com presenças mais regulares?
Claro que sim! O selecionador sempre me pediu continuidade no clube para que fosse, para que tivesse minutos de forma constante e felizmente consegui-o no Casa Pia. Espero afirmar-me aqui no Casa Pia e na seleção para que possa ajudar o meu país e estendê-lo também ao clube.
Nesse sentido, o que se segue para si? Disputar um Mundial pela Venezuela, quem sabe já em 2026?
Sim, é o meu sonho. Acredito e é o que tenho em mente, é um objetivo para mim jogar um Mundial e uma Copa América, nunca fui a nenhuma também. Espero ser chamado, poder ser convocado e, sem dúvida, ser muito importante para o meu país, que amo tanto.