Sporting: tudo o que disse Rúben Amorim

Sporting: tudo o que disse Rúben Amorim

NACIONAL04.10.202320:25

Treinador leonino não aponta favoritos no jogo com a Atalanta, da 2.ª jornada do Grupo D da Liga Europa

– O Sporting recebe a Atalanta e mais uma vez com Alvalade esgotado, que resposta querem dar aos adeptos?

–  Neste momento já é normal enchermos o estádio. Quer fora, quer em casa. Os sportinguistas têm-nos acompanhado. Vamos defrontar uma equipa diferente das que já defrontámos. Têm uma rotação difícil, defendem homem a homem. Vai ser um jogo divertido, como diz o Morita. Vamos ter de sofrer. É um grupo equilibrado, que está no início. Queremos vencer. Não perdemos há muitos jogos e é mais um jogo para vencer. A Atalanta é uma equipa boa, com um treinador que promove uma identidade na equipa diferente das que já encontrámos em Portugal ou na Europa.

–   O treinador da Atalanta apontou favoritismo ao Sporting. Que lhe parece?

– Não há favoritos. Atalanta joga num campeonato mais competitivo do que o nosso. No último jogo, frente à Juventus, foi a equipa mais dominadora e que mais perto da vitória esteve. Mas nós jogamos em casa, somos uma equipa forte, não quero dar o favoritismo, mas também acho que não temos o favoritismo. A Atalanta entrará em campo para vencer, nós também. O favoritismo é 50 por cento para cada lado. Não há favoritos.

– Pode explicar como está a situação de Coates, que se lesionou com o Farense?

– Foi só um susto, recuperou e está apto para amanhã. Não vou dizer se ele joga ou não. Mas já me conhecem e sabem o que disse. Penso que nunca aconteceu dizer uma coisa e acontecer outra, acho que fica bem claro se ele vai ser titular amanhã ou não.

Morita pode ser titular?

– Morita é mais uma opção, se vai ou não ser titular não quero estar a dizer, porque disse da outra vez… O jogo é tão difícil… Não vou dizer o onze. Morita está preparado para ser titular.

– E a lesão de Trincão?

– Está com uma dor. Sou treinador dele, conheço-o muito bem mas desta vez não reparei. Ele já tinha uma dor e não disse a ninguém. Não estava nas melhores condições, não se protegeu a ele, protegeu a equipa. É também por isso que gosto muito dele. 

– Foi difícil preparar a equipa esta semana?

– Foi uma semana curta mas boa. A Atalanta é uma equipa tão difícil de perceber que foram treinos mais confusos. A forma como o Gasperini prepara a equipa, como o De Roon se posiciona... é tão aleatório que tornou a semana estranha e diferente, os jogadores não estão habituados. Mas isso é bom porque os foca mais na tarefa. Queremos vencer. Mas é muito difícil encontrar o momento de pressão desta equipa. Os adeptos terão de ter paciência.

– Nunca mexe na defesa a três, pode fazê-lo agora?

– Não. Por exemplo, Esgaio também pode jogar lá. Simplesmente fazemos uma saída a três. O que a equipa do Sporting faz é sair a jogar com três. O Matheus Reis sempre foi um defesa-esquerdo e tornou-se um central… Temos a nossa identidade e não gostamos de mudar muito. E nós já mudámos muito na nossa forma de jogar, mudámos na nossa saída de bola. Todas as equipas têm a sua identidade e esta é a nossa. Não defendemos com três centrais sempre... Se não pudesse jogar lá o Esgaio, jogava o Fresneda, que tem características diferentes do Porro.

– Gasperini disse que o Sporting lhe faz lembrar a primeira Atalanta Europeia…

– Todos se lembram da Atalanta, da forma como passou a fase de grupos, toda a gente ficou muito entusiasmado com essa equipa e podemos dizer que Gasperini era o treinador da moda na Europa. Foi uma das referências para mim, sim. Mas também por exemplo Nuno Espírito Santo, a forma de pressionar no Wolverhampton. Poderia dizer que há movimentos daquela equipa que são inspiração não só para agora mas também para o futuro. O difícil para mim é explicar aquela forma de jogar para os meus jogadores... Primeiro tenho de perceber para passar aos jogadores. Vai ser jogo divertido, espero que não seja um sofrimento a toda a hora. Se percebermos a Atalanta, vamos dar um bom passo.