João Pereira acredita que o camisola 57 rende mais a jogar a extremo. A BOLA ouviu Paulo Sérgio, antigo jogador dos leões, que realça a capacidade do jovem
Há um antes e um depois para Quenda na corrente temporada. Na era de Ruben Amorim foi adaptado a lateral direito, com o jovem a encaixar-se bem no novo papel na equipa, com rendimento bastante positivo e um claro à-vontade de movimentos e entrosamento.
Na era de João Pereira regressou à posição de origem, ou seja, extremo, onde ganhou notoriedade no Sporting e também nas camadas jovens das seleções nacionais, onde é sempre integrado na linha ofensiva. O rendimento, para já, estar um pouco aquém, com o jovem a precisar de se soltar mais.
A BOLA falou com Paulo Sérgio, extremo que passou pela formação leonina e também jogou na equipa principal, que indicou claramente a posição em que considera que Quenda pode render mais.
«A jogar mais liberto na frente não tem tanto aquela responsabilidade a nível defensivo, que tinha no processo com Ruben Amorim, em que lhe conferia mais responsabilidade naquilo que era a reação à perda da bola e também de posicionamento a nível defensivo. E não era de todo a posição dele, teve de aprender e os processos a nível defensivo não são fáceis», disse.
Agora, a jogar na sua posição de raiz, o antigo jogador considera que precisa de se soltar e rematar mais: «O João Pereira conhece-o bem e consegue tirar algum proveito do jogador, porque sabe que a nível defensivo não é tão eficaz do que aquilo que pode dar mais à frente. Quanto a precisar de rematar mais é algo que vem com a confiança. O arriscar no momento certo, a tomada de decisão também tem de ser a melhor, saber quando tem de rematar e quando tem de passar. Jogar a extremo pode ser mais vantajoso para aquela que tem sido a ideia de jogo do João Pereira.»
Paulo Sérgio destaca ainda a pressão em cima dos ombros de um jovem apenas de 17 anos, deixando um conselho: «Quando um jogador está habituado a um sistema tático diferente, a uma comunicação diferente de outro treinador, numa posição que não era a sua da raiz, é difícil. Estamos a falar de um jovem de 17 anos e é normal que sinta pressão. Acho que, acima de tudo, o acompanhamento tem de ser muito bem feito por quem rodeia o Quenda. A própria equipa técnica tem de ter essa preocupação com o jogador.»
Ladeado por Gyokeres e Trincão no tridente ofensivo é, nas palavras de Paulo Sérgio, uma mais-valia.«Uma coisa é certa: para estar naquela posição tem de ter qualidade acima da média, estamos a falar de um jovem de 17 anos e a pressão que estão a colocar sobre o miúdo já é enorme, mas junto dos melhores estão os bons. Ainda bem para o Quenda que tem por perto Gyokeres e Trincão», concluiu.
Treinador do Sporting «tira o chapéu» aos jogadores por todo o esforço e empenho. Destacou domínio do jogo e apontou os erros que têm de ser corrigidos