Sporting: Nuno Santos desce ao inferno pela terceira vez

NACIONAL27.10.202423:25

Percurso do esquerdino marcado por três lesões graves nos joelhos. A primeira ainda no Benfica B, a segunda no Rio Ave e agora no Sporting. Resiliência foi decisiva na recuperação

Nuno Santos é um daqueles casos raros no futebol. Que conseguiu, em períodos diferentes da carreira, representar os três maiores clubes do futebol português: deu os primeiros pontapés no FC Porto, deu-se a conhecer no Benfica, para onde se mudou em 2013/2014 e foi no Sporting que atingiu o ponto mais alto de todo o seu percurso sustentado por títulos e exibições que o catapultaram para um nível muito superior. Pelo meio foi em Vila do Conde, Rio Ave, que se foi consolidando no futebol português.

Mas nem sempre foi assim e Nuno Santos foi obrigado a sofrer. E a superar momentos muito complicados e que assolam todo o profissional de futebol: lesões.

Aquela que sofreu agora, em Famalicão, será a terceira que o veloz esquerdino tentará superar. O pesadelo começou em dezembro de 2015 quando, ainda esperança na Luz, num duelo diante do FC Porto B, sofreu uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo. Que não só hipotecaria uma afirmação na Luz (ainda se sagrou campeão pelos encarnados em 2015/2016) como atrasou uma evolução consolidada após excelente percurso na formação.

Seguiu-se o Rio Ave. Um clube especial para Nuno Santos que haveria de ficar marcado, também, por um problema físico grave em julho de 2018. Num jogo particular diante do Chaves, Nuno Santos sofre uma rotura de ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Uma lesão em fase mais adiantada da carreira aos 24 anos que hipotecou mais uma temporada.

As lesões graves de Nuno Santos

Benfica B-FC Porto B (Dezembro de 2015)
Rotura de ligamentos no joelho esquerdo

Rio Ave-Chaves (julho de 2018)
Rotura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo

Famalicão Sporting (Outubro de 2024)
Rotura do tendão rotuliano do joelho direito

Depois desse problema em Vila do Conde, o auge em Alvalade. Com uma regularidade impressionante, peça determinante nos títulos conquistados por Rúben Amorim, sem lesões. Até esta temporada. Na pré-época uma primeira ameaça, com uma entorse no joelho esquerdo após um particular com o Sevilha no Algarve que obrigou a várias semanas de paragem.

O pior estaria para vir e foi em Famalicão que Nuno Santos voltou a cair. Aos 29 anos, desta vez com uma rotura do tendão rotuliano do joelho direito. Mais uma lesão num joelho (desta vez diferente das anteriores) que obrigará, por certo, a uma nova capacidade de superação e resiliência do ala que terá de ser operado nos próximos dias e enfrentará uma paragem de seis a oito meses.