Após um ano de empréstimo, camisola 28, número que Cristiano Ronaldo chegou a usar, preparado para enfrentar concorrência de luxo: Hjulmand, Morita e Bragança
Chegar, ver e vencer, tal como proferiu o romano Júlio César após conquistar mais uma batalha. Este parece ser o mote de Mateus Fernandes para encarar este que é o seu terceiro estágio com a equipa principal em Lagos.
Após um ano de cedência ao Estoril, onde o médio, de 20 anos, superou todas as expectativas, apesar de no início ter sido difícil encaixar o facto de deixar o Sporting, tal com revelou em recente entrevista à televisão do clube, Mateus Fernandes encarou, então, a nova realidade de forma positiva, tornou-se peça fulcral da equipa da Linha e foi titular em 30 dos 35 jogos que cumpriu.
Diogo Travassos e Mateus Fernandes, ambos de 20 anos, mereceram a confiança de Rúben Amorim para integrarem estágio de pré-época e destacam que sabem que têm de trabalhar (muito)
Falamos de um jogador com ADN de Alcochete, identificado com métodos de trabalho, filosofia de jogo e ideias do treinador da equipa principal que, refira-se, esteve sempre de olhos em cima do seu rendimento.
MAIS MADURO E COMPLETO
A resposta está a ser dada a cada treino e, diga-se, no jogo com os belgas do Saint-Gilloise, no Estádio Algarve, que terminou empatado a dois golos — fez a assistência para o segundo, que Pedro Gonçalves finalizou —, com a camisola 28, número que chegou a ser usado por Cristiano Ronaldo de leão ao peito, o médio foi dos que mais se destacou em campo, com uma exibição de encher as medidas.
Mostrou-se um jogador mais maduro, rotinado no sistema de 3x4x3 — que continuará a ser aposta da equipa técnica —, mais desenvolvido fisicamente, a jogar sempre de cabeça levantada a ver onde poderia colocar a bola na frente e aguerrido, muito, não deu nenhuma bola por perdida e foi sempre ao limite para levar a melhor sobre o adversário. Deixou boas indicações e não há dúvidas de que Mateus Fernandes está motivado em ser aposta de Rúben Amorim para acrescentar valor a um setor que conta com Hjulmand, Morita, Daniel Bragança e ainda o regressado Dário Essugo, que esteve emprestado ao Chaves e também foi chamado a integrar os trabalhos de pré-época.