Sporting: «Mais vale brilhar na Champions do que andar perdido no meio da tabela em Inglaterra»

Antigo dirigente Luís Duque foi campeão em1999/2000 pelos leões e defendeu continuidade de Amorim em declarações à Rádio Renascença; «Viktor Gyokeres só ganhava em ficar, pelo menos, mais um ano em Alvalade para jogar a Liga dos Campeões», vincou

Luís Duque, antigo dirigente do Sporting, foi um dos responsáveis nos bastidores de Alvalade pelo título conquistado pelos leões em 1999/2000 e deixou várias reflexões esta quarta-feira, em conversa com a Bola Branca, da Rádio Renascença, sobre a conquista celebrada há dias no Marquês de Pombal.

Tanto no caso de Viktor Gyokeres como de Rúben Amorim, Duque considerou mais benéfico para ambos a permanência em Alvalade na próxima temporada e explicou porquê.

Há uma relação forte entre Rúben Amorim e o sucesso desportivo do Sporting

«Viktor Gyokeres só ganhava em ficar, pelo menos, mais um ano em Alvalade para jogar a Liga dos Campeões e consolidar-se como jogador. Percebo que seja importante o facto de o Rúben [Amorim] estar. É importante para um e para o outro. Para o Rúben também é muito importante continuar no Sporting. É preferível fazer um brilharete na Liga dos Campeões do que andar perdido num clube de meio da tabela de Inglaterra ou de outro país qualquer», sublinhou Luís Duque, que vê ligação indelével de Amorim no sucesso desportivo dos leões.

Vejo o Sporting a trabalhar no sentido de criar uma estrutura que tenha condições para ser campeão todos os anos e criar menos dependência de génios

«Há uma relação forte entre Rúben Amorim e o sucesso desportivo do Sporting. Pela sua forma de treinar, de comunicar, de gerir o balneário, há uma influência fortíssima e não é por acaso que os sucessos aconteceram sendo ele treinador», considerou, vislumbrando um Sporting capaz de começar a ter sucesso de forma cada vez mais recorrente.

«Vejo o Sporting a trabalhar no sentido de criar uma estrutura que tenha condições para ser campeão todos os anos e criar menos dependência de génios, seja treinadores ou jogadores», assentou Duque, que no ano do seu título acabou por ver o Sporting, para seu «desgosto», falhar a dobradinha, precisamente frente ao FC Porto. Considera, todavia, que desta feita há mais condições para que tal não se repita, porque tempo para preparar a final do Jamor é que não falta.

«Bem gerido, pode ser bom porque vai ter uma preparação diferente para a final da Taça, vai ter tempo para isso», realçou.