Sporting: jogo muito difícil, o favoritismo e o mercado (tudo o que disse Rui Borges)

NACIONAL02.01.202514:28

Treinador do Sporting fez a antevisão ao encontro com o V. Guimarães

— No que diz respeito à primeira pergunta, julga que Daniel Sousa, tendo em conta o conhecimento que tem do Vitória, vai  tentar supreendê-lo  ou montar uma equipa tendo em conta o que o Sporting fez no dérbi?

— Não, acredito acima de tudo que aos poucos o treinador vai querendo meter algumas nuances dele, algumas ideias próprias dentro duma equipa que está muito bem trabalhada, que  tem uma dinâmica de jogo muito forte, por isso em termos de surpresa acredito que aos poucos ele vai acrescentando algumas coisas.  Depois, sinceramente, acho que não vamos melhores porque o treinador conhece a equipa. Os jogadores também conhecem o treinador, por isso é um bocado subjetivo nesse sentido;  sabem a nossa maneira de trabalhar. Acredito, sim, que será um jogo bastante difícil, como eu antes disse, porque é uma equipa que joga muito bem, valoriza o jogo, valoriza o futebol, tem individualidades muito boas também nesse sentido, que a qualquer momento podem desequilibrar, por isso sei que será um jogo muito difícil, num campo difícil, com adeptos fervorosos e difíceis de jogar em casa; uma equipa que só perdeu com o FC Porto até o momento em casa, por isso será um jogo muito difícil para nós, independentemente de conhecer ou não a equipa, lá está, é bom acrescentar aos poucos pequenas coisas que nós não conhecemos, que não idealizamos, também serve um bocadinho,  que pode nos deixar aqui um bocado à dúvida, porque em termos de observação temos um jogo, com o treinador atual. Por isso acima de tudo vou dizer o mesmo que disse com o Benfica: vamo-nos focar muito mais em nós, do que propriamente daquilo que é o lado a 100% estratégico do adversário, naquilo que nós controlamos. Se formos capazes conseguiremos fazer um grande jogo e sair de lá com uma vitória, que será uma vitória muito importante, muito difícil.

— Em relação ao dérbi, no final do encontro, disse que iria ter dificuldade em dormir. Dormiu bem ou acordou durante a noite a sonhar com o golo do Geny Catamo?
— Sinceramente, no ambiente que foi causado no estádio, os adeptos estiveram connosco de início ao fim, desde o primeiro segundo até o último, e foi extraordinário sentir esse calor humano, esse carinho, com toda a gente, com a equipa principalmente, que são eles que jogam, que são os ativos mais importantes naquilo que é durante os 90 ou 100 minutos que for, por isso, acima de tudo, esse carinho e essa atitude, e essa energia que passaram de fora para dentro, jamais esquecerei, porque foi o primeiro,  independentemente do adversário, e porque foi uma vitória muito importante.  De resto, felizmente dormi bem, não acordei durante  a noite, porque estava tranquilo, porque os jogadores fizeram aquilo que fomos identificando e fomos pedindo, mas no dia seguinte já estava a pensar na Vitória e já me tinha esquecido do jogo da noite anterior. 

 — Já percebeu se precisa de reforços neste mercado de inverno? 

— Eu vou ser muito simples a responder a isso, mais do que estar preocupado com o mercado,  tenho que me preocupar com os jogadores que tenho, porque cheguei há pouco tempo e tenho que acelerar processos, acelerar comportamentos, e estou muito mais focado  nisso do que propriamente naquilo que será o mercado. Agarro-me sempre para os jogadores que tenho, não me queixo de nada e se forem ver para trás naquilo que é o meu caminho, nunca me foco muito nisso, foco-me sim naquilo que tenho de fazer agora.  Sei que tenho de trabalhar imenso, temos de trabalhar imenso para aquilo que queremos para a equipa ao longo do tempo, o que será difícil porque temos de andar aqui e vão ser aqui umas semanas bastante intensas naquilo que é jogos. Por isso, é  quase recuperar, e não há muito tempo para a gente ir metendo aquilo que quer a 100%, por isso estou muito mais preocupado no pouco tempo que tenho para trabalhar. Não me posso estar a desviar daquilo que é o mercado porque a gente perde pontos e andamos aqui num vai e vem, não queremos isso, queremos ser acima de tudo consistentes, consistentes com aquilo que temos, mas no mercado, se o mercado nos der alguma coisa, ótimo, se não der,  ótimo na mesma. Vamos com os que temos e seremos muito competentes com os jogadores que temos.

— O Pedro Gonçalves colocou nas redes sociais uma fotografia já com as botas calçadas dando a entender que já pode trabalhar no relvado. Já tem alguma previsão de onde  é que pode contar com ele? E o mesmo em relação a Gonçalo Inácio e Daniel Bragança

— Não, neste momento não. São jogadores que estão fora do próximo jogo, é isso que sei, é isso que me importa também nesse sentido, mais do que propriamente quando eles voltam ou não; é sentir que primeiro recuperem bem, que é esse o desejo e é isso que nós  estamos focados também, mas para este jogo estão fora dele. O Pedro Gonçalves ainda não treina com a equipa.

— No último jogo colocou Eduardo Quaresma a defesa direito e depois Fresneda. Qual deles vai utilizar amanhã nessa posição?

— Olho para os dois, são dois jogadores com características diferentes, independentemente do Quaresma ser um defesa central de raiz, acho que é um miúdo que tem muitas características para ser um grande lateral, por isso a adaptação, é um miúdo que gosta de ouvir também, que faz também um bocadinho o jogo dele às vezes em termos individuais naquilo que é características e que nos dá muito por isso. Estou contente com os dois, o Iván Fresneda também  entrou muito bem ao também depois de substituir o Quaresma. O Eduardo  também fez um jogo muito competente, muito forte nos duelos de um para um defensivos,  mas ofensivamente também é um miúdo que é agressivo, que é abusado no sentido de tentar, é bastante dinâmico mesmo em zonas interiores e exteriores, é rápido, dá-nos  tudo isso, eu olho para ele e sinto que ele pode ser um grande lateral, ele tem trabalhado imenso, não esquecendo que ele também é um grande central. Assim, também pode jogar por dentro e jogará com toda a certeza no futuro, porque também é o lugar dele de raiz e não o quero tirar desse conforto também que é dele, mas neste momento acho que é um jogador muito útil nesse sentido. O Iván também tem trabalhado imenso; , dá-nos outras coisas, mas muito feliz jogando um ou jogando o outro. 

— Voltando ao dérbi, queria também saber como é que foi vivido em Mirandela a sua estreia no banco do Sporting?

— Nos dias de folga tiver oportunidade de ir á minha terra e foi agradável porque toda uma cidade, independentemente das cores futebolísticas, demonstraram um carinho imenso na rua. foi difícil um bocadinho em alguns momentos mas faz parte também saber conviver com isso, mas feliz pelo carinho de uma cidade pequena,  uma cidade que ao fim e ao cabo valorizou aquilo que tem sido o meu caminho até aqui. 

—Na sua estreia como treinador do Sporting, focou-se muito na importância da atitude jogadores para conseguir uma vitória diante do Benfica. Agora com uma semana de trabalho  já vai ser possível ver um Sporting mais à imagem de Rui Borges? 

— Foi um Sporting à imagem de Rui Borges, competitivo, intenso, em alguns momentos melhores com bola,  em outros não tão bons, mas faz parte, mesmo no futuro quando a gente estiver mais  identificado, quando os jogadores estiverem cada vez mais identificados com aquilo que é a ideia de jogo da equipa técnica de Rui Borges, vamos falhar em alguns momentos, por isso. Acima de tudo, os princípios da parte competitiva têm que lá estar, e não só para o jogo do Benfica, tem que estar para o jogo da Vitória, que será muito difícil, e se não formos competitivos, a inspiração só não vai chegar. Agora, a grande dificuldade e o grande desafio para nós, o maior desafio para nós, equipa técnica e jogadores e equipa, é manter essa consistência a níveis de intensidade, de competitividade e de qualidade de jogo, que aos poucos acredito que vai ser melhor.  A confiança também é melhor e maior, e faremos bons jogos, não tenho qualquer dúvida disso.  E seremos um grande Sporting.  Eu estou preparado para o jogo da Vitória, só e apenas.

— E está preparado para perder algum jogador em janeiro?

— Se a gente for acreditar sempre nas notícias, o futebol é feito disto, os jogadores têm cláusulas, têm tudo, é muito negócio hoje em dia, é uma indústria nesse sentido. Por isso, eu enquanto treinador foco-me naquilo que eu tenho que trabalhar, que é o treino, é o campo, e é esse muito o meu foco, por isso, tento ao  máximo não me desviar disso, porque é a única coisa que controlo, o resto tem a ver  com o clube, com a estrutura, com cláusulas de jogadores… Se tenho algum plano se perder jogadores? O plano é o trabalho, independentemente dos jogadores que forem, claro que a gente enquanto treinadores queremos sempre os jogadores mais identificados com aquilo que é a nossa ideia de jogo, mas vou falar um bocadinho daquilo que foi o meu caminho, porque adaptei-me sempre àquilo que tivemos nos clubes, claro que dentro de uma perspectiva de jogadores que às vezes conseguimos adquirir dentro das ideias de jogo e dentro das qualidades individuais também. Neste caso próprio eu tento adaptar a equipa, a equipa adapta-se e depois dentro disso cada um tem as suas qualidades, e cada um vai dar coisas diferentes dentro daquilo que são individualmente, mesmo numa ideia de jogo minha, eles vão dar coisas diferentes, por isso, aquilo que eu controlo é o meu trabalho, independentemente de quem entrar, quem sair, não me preocupo mesmo. Mas estou a falar sério, não me preocupo  muito com isso, porque é perder tempo. O futebol é isto, entra-sai, entra-sai, jogadores,  treinadores, futebol é feito disto e nós temos que saber conviver com isso e adaptar-nos ( a isso, por isso é que dizem sempre que o treinador tem que ter uma capacidade muito grande de se adaptar, e eu não fujo nisso, é bem claro, eu tenho capacidade de me adaptar,  tenho que ter essa capacidade de me adaptar e perceber os contextos, perceber os jogadores que temos e ter a capacidade de ser bom, seja de que forma for.

 — Falou várias vezes antes e agora também da consistência. Já sente a equipa mais estável emocionalmente depois da vitória no dérbi?

— Sim, foi aquilo que eu disse também antes do jogo do Benfica. Acho que é normal a parte externa criar mais burburinho no sentido de momentos menos bons ou momentos bons,) eu disse que o Sporting estava em todas as frentes, não havia aqui causa nenhuma para eles estarem animicamente ou desconfiados daquilo que é a qualidade individual e coletiva  da equipa, e foi isso que eles demonstraram, foi isso que eu pedi, foi isso que eles demonstraram no jogo do Benfica: mentalmente capazes, mentalmente felizes, no sentido de que nós estamos a disputar as competições todas, por isso não podíamos estar mais felizes e mais otimistas nesse sentido. E o jogador tem que sentir isso, que está nessas lutas. Como eu disse, são campeões nacionais e tem que ter isso bem ciente na cabeça, porque  foram e são campeões nacionais, é porque são bons, e não pode haver em momento algum, mesmo quando as coisas não correram tão bem, a desconfiança, pois a desconfiança é a pior coisa numa equipa de futebol, e acima de tudo eles mostraram uma grande atitude; grande confiança individual e coletiva no jogo do Benfica, mesmo em momentos que não estávamos tão bem, a malta agarrou-se uns aos outros, um coletivo muito forte, e demos bem essa demonstração em relação àquilo que é a mim. 

— O jogo com o Vitória vai ser especial para si, tendo em conta que saiu de lá há tão pouco tempo?

—É especial porque foi um clube que também apostou na equipa técnica do Rui Borges, onde era feliz, com toda a sinceridade, onde o ambiente era muito bom, em termos internos e externos também, acredito que de forma externa tenham ficado algo magoados no sentido ter vindo para o Sporting, mas o futebol é mesmo isto, porque é algo que acontece. É  aquilo que eu digo agora, naquilo que é o carinho interno, um carinho enorme para os jogadores de Vitória, enorme mesmo, por toda a estrutura que trabalhava diariamente  no Vitória, muito carinho mesmo, e que ficará para sempre, independentemente de onde esteja. Carinho enorme, também, pelos os adeptos. Percebo às vezes o desgosto de verem sair o treinador em que acreditavam, mas vão ser bons na mesma forma que um outro treinador no futuro, com toda a certeza.

 — Com o regresso à liderança do campeonato, o Sporting volta a ser o principal candidato ao título?

— Principal favorito acaba por ser, se calhar, o atual campeão nacional,  só por isso. De resto é um campeonato que será difícil, que será disputado até a última jornada, ou até às últimas jornadas, não tenho qualquer dúvida disso. Agora, também acredito e muito que é muito possível nós, e faremos tudo para sermos campeões. Faremos tudo mesmo, mas não podemos baixar a guarda, não podemos deixar de ser  competitivos, como eu disse, de ser intensos por uma equipa que for mais consistente,  a tal consistência que falava agora, a equipa que for mais consistente é que vai ser campeão. Por isso, o meu grande desafio é que a equipa consiga ser consistente ao longo de todos  os jogos e perceber que vai haver jogos que vão ser muito difíceis e que vamos ganhar em pequenos pormenores, porque nada é fácil, nada é dado, e como eu disse, o futebol cada vez é mais competitivo.

— Preferia manter Gyokeres na equipa ou ir buscar reforços?

— É normal que preferia ficar com o Viktor, porque é um jogador diferenciado, está identificado com o clube, com a equipa, com os colegas. Logo por aí já está muito à frente em relação a muita coisa, do que propriamente a meio de uma época perdermos um jogador importante, como é lógico, e não fugimos dessa importância do Viktor, e ter que adaptar alguém também outra vez à equipa, ao clube em si, tudo requer uma adaptação, uns adaptam-se mais rápido, outros menos rápido. Agora claro que o Viktor é um jogador importante e qualquer treinador quererá e quereria contar com ele até o fim. 

— Como é que espera de ser recebido em Guimarães depois de ter saído, sabendo que a massa adepta vitoriana é muito fervorosa?

— Sim, é uma massa adepta diferenciada, nesse sentido, é aquilo que eu digo, aquilo que mais eu tenho em mente é que internamente serei recebido, muito bem recebido, porque  o carinho que temos uns pelos outros, o que tínhamos e continuaremos a ter, é enorme,  por toda a estrutura que trabalha no clube, no dia-a-dia.  Em termos externos, acredito que há gente que perceba, há outra que não perceba tão bem, porque há um clube diferente nesse sentido, vivem muito o clube, acredito que há malta que não goste tanto, ou que não tenha gostado tanto da mudança, e entendo,  compreendo, mas para mim, na minha cabeça está bem ciente do carinho que tenho por eles e que vou continuar a ter, pelo clube em si também, porque é um clube especial para toda a gente que trabalha nele.

— Recebeu alguma garantia que em janeiro só saem jogadores pelo valor da cláusula de rescisão?

— As garantias para mim são subjetivas, porque o clube não precisa dar essa garantia, o clube tem cláusulas nos atletas, se em algum momento baterem as cláusulas, às vezes o próprio clube não pode fazer nada, se a vontade do atleta for sair… Independentemente disso, eu não me foco nisso, eu não estou preocupado, mas não estou mesmo,  não digo isso da boca para fora.  Não me preocupa isso, preocupa-me o jogo de amanhã, isso sim é que me preocupa, porque será um jogo difícil. O resto do mercado não mexe comigo em nada. 

— Depois do dérbi disse que a equipa esteve bastante intensa nos primeiros 45 minutos mas que quer isso durante mais tempo. Agora em Guimarães, o que poderemos esperar do Sporting, já com alguma evolução nesse sentido?

—  Acredito e espero que sim, é por isso que nós trabalhamos, mesmo com poucos dias, acreditamos sempre que podemos ser melhores no nosso dia-a-dia e naquilo que têm sido os nossos jogos. Com o Benfica foram 45 minutos muito bons, os segundos penso que não foram assim; não foram tão bons como aos primeiros, é certo, mas houve até momentos que o Benfica também  se adaptou e teve capacidade para outras coisas, mas mais do que isso também nós fomos perdendo alguma confiança e expusemo-nos a coisas que no futuro não podem acontecer, como falhar alguns passes. Expusemo-nos mais de forma não tão tranquila, principalmente na primeira etapa de construção. Deixámos o Benfica criar alguma confiança também extra. Por isso no futuro temos que ir melhorando nisso e é isso que me foca e que eu quero é que no futuro percebamos o jogo, percebemos os momentos do jogo, percebemos quando é que podemos sair mais curtos, quando não podemos, até para não passar essa confiança para o adversário e neste jogo é isso que eu espero, é que eles sejam cada vez mais capazes de perceber pequenas ideias em pequenos momentos do jogo, ou em cada momento do jogo, para sermos mais consistentes durante mais tempo. 

— Deixou alguns elogios fortes aos jogadores da sua antiga. Pode garantir aos adeptos do Vitória que não vai lá buscar qualquer jogador em janeiro?

— Há jogadores muito bons no Vitória, não fujo a isso, não me importa nada dizer. Em relação àquilo que há promessas, prometo trabalho, não prometo mais nada.  O futebol é mesmo feito disso. Agora, o Vitória está a fazer uma grande época, principalmente na Europa, apesar de eu entender que no campeonato também, está dentro daquilo que é os objetivos deles.  Há jogadores muito bons lá, mas não há só para o Sporting, para qualquer outra equipa. Por isso, se em algum momento tiver que indicar algum, vou indicar sem qualquer problema. Depois se nós temos capacidade ou não de chegar lá  isso é outro assunto. Mas naquilo que são promessas, prometo trabalho, é isso que me foco, que me orienta,  tudo o resto é consequência.

 — Julga que quando os jogadores que estão lesionados regressarem  isso vai ajudar depois a mudar a própria estratégia para os jogos?  Será que vai permitir que o Sporting consiga manter uma intensidade maior durante o jogo?

—  Sim, sem dúvida que quando tiver mais gente, principalmente a malta que está de fora,  são jogadores também importantes, haverá mais disponibilidade naquilo que é soluções, também em algumas zonas do campo, e dará nesse aspecto estratégico, sim, sermos capazes também em alguns momentos  tornar a equipa mais competitiva e mais intensa a mais tempo, e acima de tudo mais forte individualmente também, porque são jogadores individualmente também muito bons e que podem dar coisas diferentes do que aqueles que estão em campo neste momento. Quando temos todos é muito melhor e a equipa torna-se muito mais forte nesse sentido, independentemente de quem joga, porque temos mais soluções, mais qualidades, porque todos eles são diferentes. Individualmente, como eu disse, e acrescentam coisas diferentes. 

— No dérbi teria ajudado ter mais jogadores disponíveis?

—  Sim, vai bater à minha resposta, é lógico que tendo mais jogadores e termos característicos também mais próprios de algumas zonas do campo e de algumas zonas  terreno, acaba por, se calhar, nos dar ali mais conforto naquilo que é o sentido de manter a exigência que nós queremos para a equipa durante mais tempo.