Frederico Varandas ainda não perdeu esperança em Amorim mas potenciais sucessores estão em avaliação. Foco apontado, para já, na conquista do título. Modelo de jogo é um dos pontos a ter em atenção no mercado de treinadores
Frederico Varandas e Hugo Viana, presidente e diretor desportivo, dois homens fortes da estrutura do futebol dos leões, não foram surpreendidos com o ataque do West Ham a Rúben Amorim — tiveram conhecimento da viagem do técnico a Londres — e continuam a acompanhar atentamente todo este processo.
Apesar de ter contrato até 2026, os leões mostraram-se sensiveis ao interesse inglês no técnico, não abdicando, por sua vez, da cláusula de rescisão do técnico que andará à volta dos €20 milhões. Um montante exigido pelo Sporting e que não se afigura como obstáculo para o West Ham que está determinado em garantir o treinador.
Ainda assim, apesar desta viagem de Amorim a Inglaterra, sem um acordo firmado, a administração leonina mantém a esperança num volte-face das negociações de forma a poder manter aquele que foi nos últimos quatro anos o rosto principal do projeto desportivo do clube leonino.
Com a Liga perto do fim, e muitos processos relativos à construção do plantel também indefinidos, o Sporting — que ainda não avançou para nenhum potencial sucessor de Amorim — vai, nesta fase, mantendo-se atento ao mercado tendo em mente o perfil para uma alternativa no comando leonino. Não existem nomes em equação, até porque Rúben Amorim, na visão da SAD, continua a ser o favorito (e principal) objetivo de futuro, mas existe a consciência de que uma mudança de ciclo em Alvalade irá obrigar a critérios na escolha do sucessor que, por certo, vão estar em cima da mesa assim que confirmada uma saída de Amorim.
Uma delas, de resto, será o modelo de jogo idealizado por Rúben Amorim nos últimos anos em Alvalade. Falamos, claro está, do 3x4x3 que se consolidou (e foi constuído) nas últimas épocas. Uma mudança de identidade e sistema iria, por certo, provocar a uma reformulação do plantel em larga escala, algo que a SAD pretende evitar ao máximo. A intenção, de resto, passa por manter algumas das principais peças de forma a manter o ADN que se ganhou com Rúben Amorim nos últimos anos.
Treinador viajou esta segunda-feira para Londres com o objetivo de negociar com o West Ham que tem proposta concreta para o técnico dos leões; hipótese Liverpool mantém-se de pé mas oferta do West Ham, sabe A BOLA, é consideravelmente mais elevada do que a do Liverpool
À margem de todos os episódios — acompanhados quase ao minuto por vários meios de comunicação britânicos — o plantel treinou-se de manhã em Alcochete, sob as ordens de Rúben Amorim, que optou, depois, por dar dois dias de folga ao plantel. O regresso ao trabalho está marcado para amanhã, em Alcochete, uma sessão que decorrerá, como habitualmente, à porta fechada, iniciando a preparação para a deslocação ao Dragão no próximo domingo. *com filipa reis
Sporting mantém-se em silêncio
O interesse do West Ham e a viagem de Rúben Amorim a Inglaterra não motivou nenhuma reação oficial dos leões que, nesta fase determinante da temporada, quando faltam apenas duas vitórias para a desejada conquista do título, focam apenas nesse objetivo. Sem outro tipo de distrações.
O universo leonino, por sua vez, divide-se nas redes sociais quanto a esta deslocação do técnico a Inglaterra em semana de Clássico. As mensagens para uma permanência em Alvalade são constantes, como de resto foram bem visíveis nos últimos jogos do leão, com várias tarjas de apelo a uma continuidade, enquanto outros criticam o timing de uma viagem quando a equipa se prepara para uma deslocação ao Dragão...