Sporting: cenário de continuidade volta à cabeça de Amorim

Viagem relâmpago a Inglaterra (que durou pouco mais de... três horas) sem efeitos práticos; Projeto do West Ham não agradou e Liverpool está mais distante; Todas as explicações remetidas para sábado e foco no clássico de domingo

Uma viagem relâmpago, envolvida num manto de secretismo, que se transformou numa viagem polémica, mais mediatizada que nunca, com todos os holofotes e objetivas focadas em Rúben Amorim. A agitação provocada pela ida do técnico leonino a Londres, Inglaterra, para se reunir com os dirigentes do West Ham não teve efeitos práticos e essa porta, sobretudo porque o projeto não foi do seu agrado, ficou praticamente... fechada. Num encontro que, convém lembrar, em solo britânico, durou pouco mais de... três horas.

No regresso a Lisboa, já passava da uma da manhã desta terça-feira, Rúben Amorim foi surpreendido pelos jornalistas. Muito sorridente, em passo apressado, a soltar uma gargalhada [quando foi questionado se iria fazer o mesmo que Matheus Nunes], o técnico remeteu todas as explicações para sábado, dia marcado para a conferência de antevisão do jogo com o FC Porto.

Até lá foi criado uma espécie de pacto de silêncio. Do lado dos leões, não haverá ruído, nem qualquer tipo de reação a esta viagem, pois o foco está apontado ao duelo no Dragão. Do lado do treinador, por sua vez, que hoje gozará o segundo dia de folga concedido ao plantel, também não haverá justificações.

Pois bem, regressada a tranquilidade, a questão mantém-se: afinal qual será o futuro de Amorim? Uma questão ainda sem uma resposta confirmada, é certo, mas que esta viagem a Inglaterra ajudou a consolidar a ideia de uma permanência em Alvalade. Não só porque Rúben Amorim sempre se identificou com o projeto leonino, tendo expressado publicamente a ambição que pretende consolidar em Alvalade. Ou não tivesse, por exemplo, admitido a saída caso não conquistasse nenhum título. Algo que, como se sabe, está perto de... não se concretizar.

Concorrência em Liverpool

Depois, fechando nesta primeira abordagem a porta ao West Ham, e com o Liverpool a distanciar-se cada vez mais de Amorim — ontem em Inglaterra voltou a ser falado numa nova possibilidade, no caso Arne Slot, técnico do Feyenoord —, o cenário de uma continuidade em Alvalade voltou à cabeça do treinador. Algo que, de resto, tendo contrato até 2026, nunca foi plenamente rejeitada, mesmo estando disposto a ouvir potenciais e tentadoras ofertas vindas do seu agente, como aconteceu esta com o clube londrino, que motivou esta viagem com autorização dos leões.

Ultrapassadas estas agitadas horas, que ocorreram numa dupla folga, o treinador volta a concentrar amanhã o plantel para preparar o FC Porto. Com a porta da Premier League mais fechada, mas com uma possível permanência no Sporting a ganhar mais força. Sobretudo quando pode conduzir a equipa leonina para mais uma dobradinha do futebol português (a 7.ª no historial leonino) e que foge ao Sporting desde 2001/2002. Essa porta continua e está cada vez mais aberta...

Futuro continua a ser preparado

Independentemente da indefinição em torno de Rúben Amorim, e desta viagem do técnico a Inglaterra, a SAD continua atenta ao futuro e não parou muitos dos dossiers relativos à construção do plantel da próxima época.

Não só no que se refere a renovações com alguns jogadores — como Morita ou Eduardo Quaresma — mas também no que respeita a reforços. Zeno Debast, defesa-central belga, de 20 anos, que representa o Anderlecht e que está no radar dos leões, como avançou A BOLA no passado dia 14, é um dos nomes em cima da mesa para ocupar as potenciais saídas de Diomande e/ou Gonçalo Inácio e em breve os leões poderão avançar com uma proposta para garantir o internacional belga.