Sporting: Bragança é a prova de ‘o que não te mata torna-te mais forte’
Após uma época sem jogar, devido a lesão, médio é peça imprescindível; titular em Guimarães por mérito próprio; Rúben Amorim não se cansa de o elogiar
Chegou ao Sporting com apenas nove anos, tem 24 e jogou sempre de leão ao peito. O verde e branco corre-lhe nas veias, disso ninguém duvida.
«Já passei mais anos aqui [Academia] do que em casa com os meus pais. É a minha primeira casa, mas digo que é a segunda, senão a minha mãe mata-me [risos]», disse Bragança, numa recente entrevista à Sporting TV, onde abordou os melhores momentos na carreira: «A estreia a marcar pelo Sporting [em Barcelos] foi uma grande emoção para mim, fiquei muito feliz, foi um passe do Paulinho, recordo-me como se fosse hoje; ter sido campeão nos sub-17 e nos juniores, gerações muito boas e chegar à equipa principal, um sentimento inexplicável, num ano que me marcou muito. O Sporting foi campeão, não vencia há algum tempo e fizemos algo histórico; e usar a braçadeira de capitão, que responsabilidade.»
Mas, nem tudo foi um mar de rosas e a 9 de julho de 2022 sofreu uma entorse traumática com lesão do ligamento cruzado anterior do joelho direito que o levou à sala de operações e o afastou dos relvados durante uma época inteira. Tudo o que não me mata torna-me mais forte, a frase é do filósofo alemão Nietzsche, mas enquadra-se perfeitamente a Bragança.
Agarrou com unhas e dentes as oportunidades que foi tendo deste o início da época e, atualmente, atravessa o melhor momento da carreira. Soma mais minutos desde que se estreou pela equipa principal, marcou mais golos e fez mais assistências.
Na última jornada, em Famalicão, foi titular por mérito próprio, relegando Morita para o banco de suplentes (de onde o camisola 23 foi o jogador que mais vezes foi lançado) e no final, na conferência de imprensa, foi elogiado por Rúben Amorim, que já não é a primeira vez que o faz.
«Aproveitou a lesão para crescer em vários aspetos, voltou, o que é difícil, melhor jogador, e, portanto, mérito de quem fez a recuperação e dele também, principalmente. Cresceu fisicamente, aprendeu melhor o jogo e encontrámos um espaço perfeito para ele», realçou o treinador.