«Sérgio Conceição consegue o que quer dos jogadores»

FC Porto «Sérgio Conceição consegue o que quer dos jogadores»

NACIONAL04.04.202322:01

Internacional por Inglaterra em todos os escalões de formação, Daniel Namaso Edi-Mesumbe Loader sagrou-se campeão mundial de sub-17, na Índia, a 28 de outubro de 2017, numa final ganha à Espanha, por 5-2, geração de ouro do futebol inglês liderada por Phil Foden, uma das estrelas do Manchester City. Suplente não utilizado nesse duelo com os espanhóis, Namaso, como agora é tratado, representa o FC Porto desde 2020, proveniente do Reading, primeiro na equipa B, antecâmara da entrada na formação principal pela mão de Sérgio Conceição, dois jogos em 2021/2022, um na Liga, sete minutos na estreia, ante o Boavista, assinalados com um golo, outro na Taça da Liga.


«Estou agradecido por tudo o que recebi. A equipa B foi fantástica para o meu desenvolvimento. O meu primeiro ano foi difícil, era a primeira vez que estava longe da minha família, pessoas diferentes, língua diferente, cultura diferente. Depois, no segundo ano, criámos uma melhor dinâmica de grupo. Os treinadores ajudaram-me imenso», disse Namaso, à BetanoMag, a viver temporada de afirmação na qual já participou em 29 partidas em todas as provas, total de cinco golos e uma assistência, além de ter somado três troféus ao currículo (Liga, Supertaça Cândido de Oliveira e Taça da Liga): «O meu objetivo é ajudar o FC Porto a ganhar mais títulos, associamos o clube a ganhar troféus, tudo o que não seja ganhar é inaceitável aqui. Quero fazer a minha própria história individual, marcar muitos golos e tornar-me numa referência do clube.»


E que tal é trabalhar com Sérgio Conceição? «Muito bom, uma experiência diferente. O mister sabe o que quer dos jogadores e, na maioria das vezes, consegue obter o que pretende. Ajuda-me bastante, fala muito connosco, sobre o que podemos evoluir», adiantou, enquanto luta por um lugar com Taremi, Evanilson e Toni Martínez: «Aqui todos aprendem uns com os outros, o nível de treino é muto alto, estamos sempre a aprender, não necessariamente com colegas de posição. O Pepe é um grande exemplo, todos na equipa olham para ele e para o que ele faz, para tentar aprender.»


O avançado, 22 anos, sublinhou que «está a ser um ano de muita aprendizagem, o primeiro ano completo na equipa A, novos companheiros, novo treinador». Em vésperas de visitar a Luz, a 10 pontos do Benfica, nota diferenças na relação diária com os adeptos. «Este ano está a ser mais difícil, não vou mentir. Mas, em geral, as pessoas respeitam os jogadores, o seu lado privado. Tiramos fotos, damos autógrafos, mas adoro isso», admitiu, feliz na Invicta: «Vir de Londres, cidade bastante movimentada, para aqui é muito tranquilo. Vivo em Gaia, é calmo, quase cinematográfico… Temos praia, tudo o que precisamos. É difícil ter saudades de Inglaterra quando se vive no Porto. Só sinto falta da minha família e dos meus amigos, não sinto falta do clima…»


Aposta ganha, pois, a preferência pelo FC Porto, quando tinha outros convites. «É um daqueles nomes que, quando surge, pensamos: ‘OK, é uma das melhores equipas europeias’», elogiou, antes de abrir o baú das memórias: «Costumava jogar muito FIFA e, às vezes, jogava com o FC Porto. O meu jogador favorito era o James Rodríguez, que é um pouco antigo, mas também Deco, Radamel Falcao, Hulk e, claro, com as minhas raízes camaronesas, Aboubakar. E o Brahimi mais recentemente.»