Segunda parte à Vitória não deu… para a vitória (crónica)
Conquistadores melhoraram muito na etapa complementar, mas não conseguiram superar os gansos. (Foto: Carlos Barroso/LUSA)

Casa Pia-Vitória de Guimarães, 1-1 Segunda parte à Vitória não deu… para a vitória (crónica)

NACIONAL28.09.202422:15

Vimaranenses surgiram transfigurados para a etapa complementar, mas o melhor que conseguiram foi o empate; casapianos sempre bastante personalizados e de olho nas transições; não é, Pablo Roberto?...

Rui Borges foi frontal na análise ao jogo: «O resultado foi justo. Pela capacidade do adversário a defender e pela nossa incapacidade de sermos agressivos com bola na primeira parte.» Concordamos em absoluto.

Esta foi a nota dominante dos primeiros 45 minutos, de facto. O Vitória até esteve bem posicionado, teve paciência com bola, mas faltou-lhe agressividade no último terço. Mas esses dados não podem ser dissociados de outros. Porque ao Casa Pia não faltou, de todo, organização e personalidade. Os gansos voltaram a demonstrar que não é por acaso que estão no melhor momento da época e enfrentaram os conquistadores olhos nos olhos. Talvez sem o volume ofensivo que João Pereira desejaria, mas sempre com uma marca identitária que começa a deixar água na boca aos adeptos.

João Goulart e Max Svensson deram os primeiros avisos do lado casapiano e apenas João Mendes Saraiva ousou testar a atenção de Patrick Sequeira até ao intervalo. Mas o descanso não chegaria… em branco: Alberto fez falta na área sobre Ruben Kluivert e Cassiano, na conversão do penálti, abriu o ativo para os visitados – ao segundo jogo (primeiro a titular), segundo golo do experiente ponta de lança brasileiro.

Mas como grande equipa que é, o Vitória estava obrigado a reagir. E reagiu. Logo após o reatamento, e na sequência de um livre cobrado por Tiago Silva, os minhotos contaram com o infortúnio de João Goulart (que introduziu a bola na própria baliza) para chegarem ao empate.

Jogo relançado com a previsão de uma avalanche vitoriana. Em cheio. Os minhotos, transfigurados para melhor, intensificaram a pressão, criaram várias situações de finalização, mas Nélson Oliveira, Kaio César e Chuchu Ramírez não conseguiram consumar a reviravolta - do outro lado, Cassiano viu Bruno Varela negar-lhe o golo (63’).

Nesta fase, o Casa Pia mantinha-se compacto e espreitava as transições. E Pablo Roberto, no último sopro, teve (quase) tudo para ser feliz. Mas aquele corte milagroso de Tomás Handel reforçou… a justiça do resultado. Foi uma segunda parte à Vitória, mas que não deu para a vitória.

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