«Se tivesse continuado no Benfica já tinha acabado a carreira»

A revelação de Jan Vertonghen sobre o iminente fim de carreira, algo que já tinha acontecido se não tivesse saído do Benfica no início de 2022/23

Jan Vertonghen, internacional belga de 36 anos, revelou, numa entrevista ao 'podcast' MidMId, que poderá terminar a carreira no final da presente temporada, assumindo que os problemas físicos que o têm apoquentado o têm feito pensar nessa possibilidade.

«Tudo vai depender de como estiverem os meus tornozelos. Pensei em terminar a carreira no verão, não aguentava de dores. Mesmo depois de descansar durante quatro semanas não conseguia caminhar durante meia hora sem dores. Falei com os responsáveis do Anderlecht, consultei especialistas, começaram logo a falar em operações… Pensei para mim mesmo ‘mais um ano e acabo’. Quero poder jogar com o meu filho depois de acabar a carreira. Tenho adiado a decisão mas entendo que, a certo momento, o Anderlecht vai querer uma resposta. Neste momento não consigo decidir. Se me sentir bem, como agora, gostava de fazer mais um ano, mas isto muda de semana para semana», disse o defesa, que entre 2020 e 2022 representou o Benfica, depois de vários anos a jogar no Tottenham.

19 novembro 2023, 21:06

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Na mesma entrevista, Vertonghen acrescentou que, caso tivesse continuado na Luz na temporada passada, teria mesmo colocado um ponto final na carreira há alguns meses.

«Se tivesse ficado no Benfica teria parado de jogar futebol no verão, porque não iria sair do Benfica para um outro clube por apenas um ano. Mas não queria acabar assim», explicou, referindo-se ao facto de ter perdido o lugar nas escolhas de Roger Schmidt, que durante a pré-época e no início da temporada não apostou no belga. 

Já sobre a carreira na seleção belga, Vertonghen revelou ambição de estar no Euro-2024, acreditando ainda ter todas as capacidades para defender o país na competição na Alemanha.

«Depois do Mundial tive uma conversa com o selecionador e o diretor técnico e pensei que seria informado de que já não seria mais convocado. Mas, pelo contrário, a conversa com o Domenico Tedesco deu-me ainda mais força para prosseguir. Ainda me sinto muito bem, tenho muito orgulho em jogar na seleção. E a seleção não é um centro de emprego, não tenho de me reformar para dar uma oportunidade aos mais novos. Essa desculpa é patética. Os melhores jogam, ponto final», atirou.