Schmidt fala de Arthur Cabral e da rotatividade: «A equipa ainda não está no nível ideal»
Roger Schmidt, treinador do Benfica, Foto Miguel Nunes/ASF

Schmidt fala de Arthur Cabral e da rotatividade: «A equipa ainda não está no nível ideal»

NACIONAL06.10.202314:23

Roger Schmidt fez esta sexta-feira a antevisão ao Estoril-Benfica, da 8.ª jornada, sábado às 20.30 horas. O treinador alemão espera um jogo complicado e não fugiu aos temas da atualidade.

- Que antevisão faz de jogo com o Estoril?
- Espero o que espero sempre em jogos que não sejam em nossa casa: difícil e complicado. Sinto que o Estoril joga bem melhor do que a posição que tem na classificação. Joga bom futebol e consegue marcar gols. Tem diversos futebolistas e também um treinador novo. Vai estar muito bem preparado para o jogo com o Benfica. Porém, nós também sabemos que temos muita qualidade. Será um jogo muito importante para o Benfica antes da pausa para os jogos das escolhidas.

-Arthur Cabral vai em sete jogos e ainda não marcou. Não está ainda em forma?
- Fisicamente ele está bem. Não é fácil adaptar-se depressa a uma nova equipa e ao estilo de jogo diferente. Necessita de mais algum tempo e vamos continuar a integrá-lo. Tem de perceber todas as tarefas que tem de ter em campo, com bola e sem bola. Estava mais habituado a ser um atacante um bocadinho mais sozinho na frente e agora tem mais jogadores à sua volta. Tem de ter mais envolvimento nas combinações com os colegas. Pode demorar algum tempo, mas estamos a ter sucesso e já fizemos muitos jogos esta época. Perdemos alguns, é certo, mas a equipa está num nível bom.

- Na última temporada acusaram-no de não mudar o onze inicial e nesta está a ser acusado de mexer muito...
- Não há uma regra de ouro sobre a questão da rotatividade. Tem de se ajustar quando tal for preciso. A equipa ainda não está no nível ideal, o nosso jogo ainda não é perfeito. Estamos a sentir algumas dificuldades em manter o ritmo durante o jogo todo. É algo que precisamos de melhorar. Há momentos em que demonstramos grande capacidade de criar oportunidades e noutras momentos perdemos um pouco o foco. Temos de trabalhar a intensidade. Quando os jogadores estão muito bem, não é preciso ajustar tanto. Os ajustes estão relacionados com o que se passa nos treinos. A equipa não tem um 11 definido, pelo que as mudanças vão acontecendo.

- O Benfica perdeu quatro jogos na época passada e nesta já perdeu três. Que se passa?  
- É um facto. Vai ser sempre difícil fazer melhor do que aquilo que fizemos na temporada transata. Jogámos os quartos de final da Champions e marcámos quase 40 golos. Repetir é muito difícil. Além disso, perdemos também alguns jogadores importantes. Contratámos outros e a equipa voltar a ter essa consistência pode demorar.

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