Schmidt deu «dimensão a Gonçalo Ramos»

Benfica Schmidt deu «dimensão a Gonçalo Ramos»

NACIONAL25.06.202312:05

Diogo Luís, ex-jogador e atual comentador, está expectante relativamente à nova época do Benfica para «perceber se Roger Schmidt vai manter ou mudar a abordagem». E explica porquê: «Os reforços vão obrigar o treinador a ter opções mais difíceis ou a ter uma gestão diferente e isso será importante para o Benfica porque percebemos que esta época  alguns jogadores que jogaram sistematicamente estavam desgastados física e psicologicamente.»

Em declarações a A BOLA TV à margen da apresentação do livo Schmidtologia, da autoria do jornalista de A BOLA Luís Mateus, Diogo Luís  apontou Gonçalo Ramos como o jogador que mais evoluiu graças a Roger Schmidt. «António Silva foi a grande surpresa, porque ninguém o conhecia, mas acho que quem se destacou e ganhou muito com a chegada de Schmidt foi Gonçalo Ramos. Muita gente na Direção não acreditava no Gonçalo, se aparecesse uma proposta por 30 milhões ele teria sido vendido. A verdade é que o treinador não só acreditou nele como o conseguiu potenciar em todas as suas qualidades, é verdade que tem golo, que é o mais difícil no futebol, mas faz muito mais do que isso. E o papel que ele tem dentro do estilo de jogo de Roger Schmidt é perfeito, é o primeiro a pressionar, a vir buscar a bola, a abrir espaços para os colegas. Schmidt deu-lhe dimensão que outros não conseguiram no passado e colocou-o a jogar na sua posição.»     

O antigo lateral-esquerdo acredita que «passado um ano os adversários também já perceberam quais são os pontos fracos do Benfica». E nesse sentido alerta que o treinador alemão terá de «olhar um bocadinho para dentro» para encontrar «outras soluções» nos jogos com os grandes.  

«No campeonato a quatro, o Benfica ficou em segundo e o FC Porto ganhou claramente. Schmidt tem de olhar um bocadinho para dentro e perceber que frente a FC Porto, Sporting e SC Braga há que entender as dificuldades que vão criar e encontrar soluções para condicionar os pontos fortes do adversário. Pode ir por aí a evolução de Roger Schmidt que tem ido de uma pressão alta asfixiante para uma pressão alta com controlo de ritmo de jogo, com controlo de bola, com uma equipa mais pausada em certos momentos.»