Schmidt de olhos nos jogadores e o mundo de olhos em Schmidt
Roger Schmidt, treinador do Benfica
Foto: IMAGO

Schmidt de olhos nos jogadores e o mundo de olhos em Schmidt

NACIONAL12.07.202410:00

Rola hoje a bola em Águeda, o primeiro adversário é o Farense, e não faltará sangue na guelra na luta por um lugar ao sol. Pavlidis e Barreiro são as principais atrações…

O Benfica realiza hoje, em Águeda, tendo o Farense como adversário, o primeiro dos seis jogos que vão servir para Roger Schmidt afinar a máquina, até à primeira partida oficial, em Famalicão, a 10 de agosto. Ainda sem os jogadores que estiveram/estão integrados nos trabalhos das seleções (Trubin, Bah, António Silva, Otamendi, João Neves, Kokçu e, eventualmente, Di María), o primeiro milho poderá ser dos pardais, que veem na ausência dos consagrados uma oportunidade de ouro para mostrar serviço, num contexto em que a luta por um lugar no plantel assume grande intensidade.

Mas, enquanto que, para os adeptos, o primeiro jogo da época (que durante anos a fio, no caso do Benfica, aconteceu em Nyon, contra o Étoile-Carouge), provoca a sensação de experimentar roupa nova, para quem se encarrega da análise serve para procurar pistas que indiciem o rumo que será seguido pelo treinador. Mas será sempre de bom tom não esquecer que o mercado ainda irá passar rasteiras ao Benfica (e aos outros clubes portugueses de topo), e que nenhum deles será imune aos chamados negócios de oportunidade, que visam adquirir talento, mesmo que não seja para utilização imediata.

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Quem vão ser as principais atrações encarnadas em Águeda (onde os encarnados derrotaram o Recreio por 1-4, em 1983/84, na única participação dos aguedenses na I Divisão), na partida de hoje? Sem dúvida o grego Pavlidis, 25, e o luxemburguês Leandro Barreiro, 24, o primeiro com 103 golos em seis épocas nos Países Baixos, entre Willem II e AZ Alkmaar, e o segundo, com formação germânica, no Mainz, por quem jogou 161 vezes, na cabeça da área.

Mas além da lupa que incidirá sobre as movimentações destes reforços, outros polos de interesse são facilmente identificáveis: por exemplo, na ausência de João Neves, quem vai jogar ao Lado de Leandro Barreiro? Será João Mário, apontando-se assim para o seu regresso a posições mais centrais? E quem vai acompanhar Pavlidis? Marcos Leonardo, como avançado móvel? Ou Neres ou Rollheiser, na posição que parece destinada a Kokçu?

Também estará debaixo de observação cuidada o espanhol Carreras, que deixou boas indicações no final da época, e irá ter concorrência direta do alemão Jan-Niklas Beste. Sem esquecer Schjelderup, que evoluiu na época em que esteve emprestado ao FC Nordsjaelland, e chegou à seleção absoluta da Noruega. Provavelmente, ao longo do encontro, Schmidt testará diversas variáveis, mas será bom nunca esquecer que nesta altura a procissão está apenas a sair do adro. Pelo menos, perceber-se-á ao que vem, se agressivo e sempre de olhos postos na baliza contrária como em 2022/23, se mais redondo, procurando o controlo através da posse de bola, como se lhe viu na última temporada. Também haverá tempo para dar minutos a alguns jovens talentos anunciados, com uma curiosidade acrescida a rodear a prestação do alentejano de Ourique João Rego, médio de ataque de 19 anos.   

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