Benfica Schjelderup: «Disseram-me que ia ter alguns minutos, mas não aconteceu»
Jovem norueguês chegou à Luz em janeiro, vindo do Nordsjaelland, mas regressou ao clube dinamarquês por falta de espaço no plantel de Roger Schmidt
Andreas Schjelderup concedeu uma entrevista ao canal norueguês TV2, na qual revelou o momento em que decidiu deixar o Benfica durante o último mercado de verão, voltando à Dinamarca por empréstimo dos encarnados.
Fiquei frustrado
«Fui o nono jogador a entrar no jogo com o Feyenoord [amigável de pré-época]. Foi aí que os pensamentos começaram: será que vou ter oportunidades esta época ou é melhor procurar outra solução? Depois, coube ao meu agente estabelecer contacto com o Benfica sobre a possibilidade de eu sair. Algumas vezes as coisas não pareceram muito boas e fiquei frustrado. Tinha feito um plano e não correu como o planeado, tive de me alhear da frustração e focar», comentou o internacional sub-21 pela Noruega, explicando o porquê do regresso a casa.
«Foi estranho, não sabia se ia sair, só no último dia é que me deram o ‘ok’ para ir. Foi tudo muito estranho. Existiram várias opções, mas esta foi a que me deu mais garantias e sobretudo porque o Nordsjaelland vai estar nas competições europeias», disse Schjelderup, referindo-se à participação do clube na Liga Conferência.
Para trás ficou uma segunda metade de época na Luz, na qual não teve direito a muitos minutos por parte de Roger Schmidt.
Esperava jogar mais. Disseram-me que ia ter alguns minutos, mas não aconteceu
«Precisei de um mês para ficar na forma que precisava de competir. Ainda assim, esperava jogar mais. Disseram-me que ia ter alguns minutos, mas não aconteceu. Não sei porquê, não tenho uma resposta. Sinto que estava bem nos treinos e que ia ter oportunidades, mas o Benfica era uma das melhores equipas na Europa, ganhava por 3 e 4-0, jogava na Liga dos Campeões, era complicado entrar.»
E, tal como o pai (e agente) já havia referido, Andreas Schjelderup falou sobre a chegada de «concorrência» para a sua posição no plantel, referindo-se à contratação de Ángel Di María, ao regresso de Tiago Gouveia e ao novo empréstimo de Gonçalo Guedes por parte do Wolverhampton ao Benfica.
«Estava muito motivado, sentia-me bem na pré-época, mostrei o que podia fazer, mas de repente chegou mais competição inesperada. Foi duro. Na minha idade preciso mais do que um minuto por jogo. Era importante para mim jogar», finalizou o extremo.