Scaloni explica afastamento inicial de Di María: «Nem todos aguentam a pressão»
Treinador da Argentina não levou 'El Fideo' para jogos particulares para que Nico González não crescesse «na sombra» do avançado do Benfica
Após a Copa América 2019, Lionel Scaloni, selecionador argentino, não contou com Ángel Di María, algo que, na altura, terá deixado o jogador do Benfica, que jogava pelo Paris Saint-Germain, desconfortável.
Agora, após cinco anos e a conquista de duas Copas Américas e um Campeonato do Mundo, todos eles com Scaloni ao comando e Di María como figura decisiva - marcou em todas as provas e em duas das três finais - o técnico argentino explicou o porquê de, na altura, não ter contado com El Fideo. «Havia uma altura em que a equipa só jogava particulares e não disputava coisas importantes. Quando não jogamos por pontos, podemos dar-nos ao luxo de deixar Di María de fora da convocatória. Ele é uma personalidade muito grande, mas trouxemos um menino que pensámos que tinha qualidade para jogar, optámos por ele, sabendo que ele regressaria. Precisávamos, no caso de Nico González, que ele desenvolvesse o maior potencial possível», começou por explicar, referindo-se ao agora jogador da Juventus, colega de Francisco Conceição.
Scaloni prossegue a explicação: «A sombra de Lionel Messi ou Di María não é fácil, nem todos aguentam a pressão. Então, optámos por dar esse tempo para Nico se desenvolver, para que pudesse jogar partidas e dar-nos o que pensávamos que ele nos podia dar. Assim que ele se sentiu incluído no grupo, as coisas foram diferentes.»
Nico González, extremo, já foi internacional argentino em 41 ocasiões. Di María, por seu turno, jogou pela albiceleste em 145 ocasiões. O jogador do Benfica, que já se despediu da seleção, só fica atrás de Lionel Messi (187) e Javier Mascherano (147) na lista de mais internacionais pela campeã do Mundo em título.