Regressos de João Moutinho e Rodrigo Zalazar fazem aumentar (e de que maneira!) soluções de qualidade para o miolo. Gharbi também já dá cartas em terrenos interiores. Um pivô que pode deixar de ser… duplo
O meio-campo do SC Braga volta a estar preenchido. Falamos, claro está, do aumento de soluções que Carlos Carvalhal passou a ter após as recentes recuperações de João Moutinho e Rodrigo Zalazar, dois elementos de capital importância no processo coletivo.
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O antigo internacional português e o internacional uruguaio são dois enormes reforços para o técnico dos guerreiros do Minho que, dessa forma, pode ponderar, num futuro próximo, uma ligeira alteração estratégica no setor intermediário. Ou, pelo menos, no que concerne às dinâmicas naquela zona do terreno.
Até ao momento, Carvalhal tem optado por jogar maioritariamente com um duplo pivô no miolo (Vítor Carvalho, João Moutinho, André Horta e Gorby são elementos vocacionados para esses lugares) e um outro jogador mais à frente, naquela a que convencionou chamar-se a posição 10 (Ricardo Horta tem sido o preferido para essa função).
Mas além dos já aflorados regressos de João Moutinho e Rodrigo Zalazar – ambos poderão ter minutos no encontro do próximo sábado (17.30 horas), no terreno do 1º Dezembro, num duelo respeitante à 3.ª eliminatória da Taça de Portugal -, deve também trazer-se mais um nome à discussão: Ismael Gharbi.
O jovem internacional sub-19 espanhol tem uma versatilidade que lhe permite jogar nas alas ou por dentro, sendo que no último jogo do SC Braga, diante do FC Porto (1-2), pouco mais de 10 minutos foram suficientes para que o antigo jogador do PSG aportasse (novamente) toda a sua qualidade à equipa, ajudando a intensificar ainda mais a pressão dos minhotos na procura do empate.
Significa isto que Gharbi tem também todas as condições para jogar como médio-ofensivo, o que reforça a ideia de que Carvalhal tem em mãos várias soluções para, quando assim o entender, inverter o triângulo do meio-campo e passar a jogar com um médio de cariz mais defensivo e dois interiores que potenciem ainda mais os movimentos ofensivos do SC Braga. Uma equipa que, na grande maioria dos jogos, tem mais posse de bola e joga muitos minutos em situação de ataque continuado.
E olhando ao plantel bracarense, a oferta não fica por aqui. Porque ainda há Thiago Helguera e João Marques. Mais dois jogadores que estão a ser trabalhados e que aguardam pelas suas oportunidades para poderem comprovar todo o potencial que possuem. Carvalhal é (também) um técnico reconhecido por lançar jovens para os mais altos patamares e, nesse sentido, as idades pouco ou nada contam. Quem trabalha bem… tem futuro garantido. Feliz é o treinador que tem tanta e tão boa matéria-prima.