Salários em atraso: «É preciso haver diálogo sério e responsável»
Joaquim Evangelista é presidente do Sindicato dos Jogadores (Sérgio Miguel Santos/ASF)

Salários em atraso: «É preciso haver diálogo sério e responsável»

NACIONAL21.12.202314:53

Joaquim Evangelista está em constante contacto com os capitães das equipas em causa, nomeadamente, Boavista, Leixões e Lank Vilaverdense

Na sequência do comunicado da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) a dar conta de que Boavista (Liga), Leixões e o Lank Vilaverdense (Liga 2) não tinham cumprido a obrigação de mostrar, até 15 de dezembro, a inexistência de dívidas salariais quanto aos meses de setembro, outubro e novembro, o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, pronunciou-se sobre o tema. 

«É um facto que existe incumprimento salarial, que isso causa impacto na vida pessoal e familiar dos jogadores e que põe em causa a própria credibilidade das competições. Os futebolistas têm dado respostas e estão disponíveis, mas é preciso haver diálogo sério e responsável. Quando os clubes não conseguirem efetuar isso, têm de ser as entidades competentes a exigirem que o façam», realçou, em declarações à agência Lusa.

«Estamos a falar de uma condição básica para estar numa competição profissional. Nós fizemos um esforço enorme durante anos para acabar com os incumprimentos salariais. Estes clubes não podem vir a pôr em causa tudo o que foi feito. Não é aceitável para os futebolistas e para os trabalhadores, em primeiro lugar, nem para os demais adversários que estão em prova. É um tema urgente e sério. Há clubes historicamente associados a este problema, pelo que é preciso encontrar soluções imediatas para o caso», acrescentou. 

As três SADs têm agora um prazo adicional de 15 dias para regularizar a situação junto de futebolistas e treinadores, sob pena de, segundo o Regulamento Disciplinar da LPFP, receberem uma subtração de dois a cinco pontos nas provas em que competem. 

«A Liga já tem conhecimento disso, nós estamos articulados, está a decorrer o controlo financeiro e é necessário que Boavista, Leixões e Lank Vilaverdense façam um esforço, principalmente neste período de Natal, que é muito sensível para as famílias», realçou Evangelista.