Rui Ferreira: «Lesões? Vamos encontrar um Sporting forte»
Depois do empate em Vila do Conde frente ao Rio Ave, Rui Ferreira espera conseguir travar o Sporting para amealhar mais pontos para conseguir salvar o Aves SAD da despromoção. «Temos, neste momento, um grupo que quer muito melhorar. A minha equipa técnica e eu queremos contagiá-los para evoluírem e crescerem. Queremos prolongar ainda mais o que fizemos em Vila do Conde, principalmente na primeira meia-hora. Queremos sair da situação desconfortável onde estamos, precisamos de pontos, queremos vencer para melhorar», disse.
O treinador do emblema avense não espera um adversário fragilizado por ter sido assolado por uma onda de lesões. «Vamos encontrar um Sporting forte, não acredito em muitas fragilidades. Se avaliarmos os jogadores disponíveis do Sporting, estaremos a falar do meio-campo, que poderá passar pelo Debast, que já desenvolveu essa posição mesmo sem o Sporting estar fragilizado e outro lugar ao lado, que deverá passar por mais uma oportunidade a um jogador da cantera do Sporting. Vejo jogadores que descansaram, como o Gyokeres e o Trincão, e dou prioridade a isso. Esperamos um Sporting forte», avalia.
Rui Ferreira gostou do comportamento da equipa no jogo da sua estreia pelo Aves SAD, mas pretende mais. «Os jogadores têm de acreditar nas suas capacidades, não podemos fugir da nossa realidade. Não gosto de floreados ou 'mind games'. Não podemos deixar de chamar a nós algumas responsabilidade e pressão. Não podemos olhar para o lado e pensar que temos o Lucas Fernandes, que jogou no Botafogo, ou o Lucas Piazon, que jogou no Chelsea, têm nome, perceber que temos jogadores que já foram campeões noutras ligas. O que transmitimos aos jogadores é responsabilidade, temos de acreditar que aquilo que já fizeram pode ser feito novamente. Acreditamos no trabalho dos jogadores, mas espero que estejam crente na nossa metodologia», salienta.
Com pouco tempo para trabalhar, o técnico do clube nortenho pretende dar o seu cunho pessoal à equipa o mais célere possível. «A nossa forma de trabalhar é simples: passar aquilo que pretendemos para a nossa equipa, os nossos valores e isso é fundamental. E também trabalhar sobre o adversário, sabendo as forças e as fragilidades. É neste sentido, agora, se há jogos que têm mais mediatismo que outros os jogadores têm de perceber que todos têm de ser encarados da mesma forma. Não quero que a minha equipa tema ninguém, mas também não quero que ache que é a melhor. Temos que respeitar com muito trabalho, com as mangas bem arregaçadas, com talento e com muita transpiração, muita criação. Tudo isso junto, servirá para construirmos uma boa equipa, seguramente», finalizou.