Rui Borges: «Só podemos queixar de nós próprios»
Rui Borges dá indicações aos jogadores no V.Guimarães-Boavista. Imagem: HUGO DELGADO/LUSA

V. Guimarães-Boavista, 2-2 Rui Borges: «Só podemos queixar de nós próprios»

NACIONAL18:54

O treinador do Vitória de Guimarães mostrou-se desiludido com o empate frente ao Boavista, depois de a sua equipa ter desperdiçado uma vantagem de dois golos

Na conferência de imprensa após o jogo, o técnico do Vitória de Guimarães destacou a incapacidade dos seus jogadores em controlar o jogo nos momentos decisivos, mas também apontou críticas às circunstâncias que originaram os golos adversários.

«Não tenho de dar explicações para nada, apenas a minha análise. É normal que tenhamos caído um pouco na fase final. Eles acabaram por marcar dois golos de forma fortuita. No primeiro, num canto, a bola bate nos dedos do Manu, quando ele antes tinha sofrido falta. O segundo golo surge num lançamento lateral, muita confusão na área e penálti. A culpa é nossa, pois não conseguimos finalizar da melhor forma algumas jogadas. Poderíamos ter marcado mais após o 2-0. Eles acreditaram até ao fim e nós colocámo-nos a jeito. É tão simples quanto isso», disse o treinador.

Sobre a queda do rendimento físico e falta de concentração da equipa, Rui Borges reconheceu que as condições adversas e o calendário apertado tiveram o seu impacto: «Caímos fisicamente, o que é natural. O campo estava pesado e jogámos na quarta-feira. As substituições foram feitas para refrescar a equipa, mas os jogadores que entraram não trouxeram a dinâmica que esperávamos. O Boavista, nos últimos quinze minutos, apostou em bolas longas, primeiro e segundo duelos, e bolas paradas. Sabíamos que seria assim.»

Apesar disso, o técnico deixou claro que a sua equipa deveria ter feito mais para assegurar a vitória: «Só podemos queixar de nós próprios. Depois do 2-0, podíamos ter feito mais. Em dois lances fortuitos, eles chegaram aos golos. Se dissesse que nos empurraram, não estaria a ser justo. Foi simples: bolas longas para o Bozeník, e nós não conseguimos controlar. No primeiro golo, houve uma bola que bateu nos dedos do Manu, e no segundo, ainda não vi imagens que comprovem que o Zé Carlos comete falta. Foram dois lances confusos, mas, no final, o Boavista acabou por ser feliz.»