Djurgarden-Vitória de Guimarães, 1-2 Rui Borges: «Recorde europeu deixa-nos extremamente orgulhosos»

Treinador dos conquistadores não esconde a felicidade pelos oito triunfos consecutivos nas competições internacionais, marca que passa a ser única na história das participações dos clubes lusos além-fronteiras. O orgulho dos jogadores que lidera, o mérito do clube e o agradecimento aos adeptos

Qual a importância desta vitória e do recorde alcançado nas provas europeias?

É algo que nos deixa extremamente orgulhosos, como é lógico. Não só a nós, como também a todo o clube, à estrutura e aos adeptos. Todos merecem. Mas é só isso, amanhã já estaremos a pensar no jogo contra o Estrela da Amadora. Sobre a partida de hoje, quero realçar o espírito da equipa. Foi um jogo difícil, num relvado sintético e diante de um adversário a tentar jogar com isso, mas nós quisemos sempre sair com critério, com qualidade. Tivemos um grande espírito de grupo e quem jogou deu uma resposta fantástica. Estou muito feliz.

O bloco médio-baixo foi estratégico?

Sim, em alguns momentos, foi. Era importante estarmos curto enquanto equipa, muito perto uns dos outros. Não estamos habituados ao sintético e quanto mais curtos estivéssemos, melhor. Adaptámo-nos muito bem, soubemos quando pressionar e interpretámos bem a importância e o perfil do jogo. Fomos muito competentes. Aproveito também para agradecer aos nossos adeptos, que são sempre fantásticos no apoio à equipa.

Fez muitas alterações no onze. Porquê?

Se calhar até alguns jogadores ficaram surpreendidos [risos]. Teve que ver com a parte estratégica, mas também a pensar no jogo com o Estrela, não vou ser hipócrita. Jogos muito perto, viagens, sintético, tudo pesou na decisão. Acima de tudo, estou muito orgulhoso dos meus jogadores, que deram uma resposta fantástica.

Como consegue manter os jogadores tão motivados, especialmente aqueles que têm menos minutos de utilização?

Sou um treinador feliz pelo grupo que tenho e não me vou cansar de o dizer. Eles respeitam muito a equipa técnica e acreditam no processo. Todos se sentem úteis e estão sempre prontos para jogar. O sucesso é muito subjetivo, mas penso que nós, equipa técnica, temos conseguido fazer com que os grupos se liguem a nós. Todos merecem jogar, mas nós temos de tomar decisões.

O Bruno Varela teve, hoje, dois momentos extramente importantes, ao negar o 1-0 ao Djurgarden, logo no início da partida, e também o 2-1, instantes depois do golo do empate. É o chamado guarda-redes de equipa grande, que está sempre pronto a intervir quando é necessário?

Ele sabe o quão importante é para o grupo e para o clube. É um grande líder não o digo para lhe puxar o saco. É um grande capitão e tem um currículo que fala por ele. É respeitado por todos. Os grandes guarda-redes são assim, respondem quando são chamados. Tem feito um grande início de época, tal como toda a equipa. É muito importante para nós.