Rui Borges: «Não queríamos deixar o adversário sequer pensar»
Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães. Imagem: Estela Silva/Lusa

V. Guimarães-Floriana, 4-0 Rui Borges: «Não queríamos deixar o adversário sequer pensar»

NACIONAL01.08.202423:31

A análise do treinador dos vimaranenses à goleada no D. Afonso Henriques

Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães, mostrou-se muito satisfeito com a goleada caseira ao Floriana, confessando que a estratégia passada por nem sequer deixar o adversário pensar.

«Era algo que queríamos: entrar fortes e decidir o jogo o mais rápido possível. A ideia era ganhar ânimo e motivação, era algo que desejávamos. A equipa entrou com rigor, intensidade alta e foi muito proativa na recuperação da bola. Não queríamos deixar o adversário sequer pensar que tinha a possibilidade de discutir a eliminatória. Pedi aos jogadores que fossem muito sérios; com o tempo, acabamos por perder um pouco da intensidade, o que é normal», começou por dizer o técnico em conferência de imprensa, após a partida.

Ricardo Mangas, o lateral adaptado a extremo, foi a figura do encontro ao marcar dois dos quatro golos no primeiro tempo, um jogador com que já trabalhou no Mirandela (2017/18).

«O Mangas é um jogador que conheço bem, cresceu muito e está melhor do que antes. Ele jogava numa linha de três e foi excecional no Boavista. Vai ser uma boa competição entre ele e o João [Mendes]. Pode não se sentir tão confortável em alguns jogos, mas ele está sempre feliz e sacrifica-se muito, por isso continua a jogar lá», disse, abordando ainda o regresso de Telmo Arcanjo, após vários meses sem jogar devido a lesão.

«Vem de um ano a trabalhar imenso [após lesão que o afastou da competição]. Ele tem trabalhado muito bem e precisa de confiança. Só os jogos lhe vão dar a confiança de que precisa. O clube e nós, treinadores, acreditam muito nele. Não tenho dúvidas de que se vai falar do Telmo. Será um jogador importante no futuro».

O próximo adversário é o Zurique, na terceira pré-eliminatória, um adversário que vai exigir mais dos vitorianos.

«Temos de começar já a pensar no Zurique. O Floriana tentou lutar pela eliminatória até ao fim. Se está na Liga Conferência é porque, à sua maneira, tem alguma qualidade. Deu uma boa réplica. O Zurique exigirá mais de nós. Não podemos pensar que os jogos serão idênticos, seja fora, seja em casa. Vamos passar por dificuldades e trabalhar sobre elas, mas nada nos retira ambição. Se tivermos a atitude competitiva de hoje, seremos muito felizes».