Rui Borges: «Não há relaxamento, os jogadores queriam ganhar com ninguém»
Treinador do Moreirense diz que faltou qualidade e agressividade na frente
«É simples. Não fomos competentes numa bola parada e durante noventa minutos não tivemos capacidade para sermos agressivos ofensivamente. Faltou-nos qualidade, dominámos o jogo todo, mas não fomos agressivos. É muito do que é inspiração individual, estamos naquela fase em que ofensivamente a malta desconfia um bocado. Não deixámos o adversário fazer grandes coisas, mas fomos muito reativos. Faltou-nos qualidade, ponto final».
Opção poe Caio Secco?
«Foi uma opção que já estava definida há algum tempo, já estava conversado com eles, o Caio trabalha muito bem, teve azar de não termos ido mais longe na Taça de Portugal, é algo que já estava definido e falado com os guarda-redes. O Caio tem trabalhado muito bem e tem sido uma grande ajuda no apoio aos colegas, é uma oportunidade merecida».
Há relaxamento da equipa?
«Não tem nada a ver com o rendimento, estavam vivos, queriam ganhar mais do que ninguém. Temos de olhar para as coisas e ver que temos jogado com equipas que têm jogado mais com bloco baixo, a precisar de pontos. Numa primeira fase as equipas dividiam o jogo connosco, agora não. Não há relaxamento, está identificado, temos de trabalhar mais nisso. A segunda volta esta mais difícil, sabia disso e alertei atempadamente. Estamos a ter bola em quase todos os jogos, mas estamos a ter dificuldades para fazer golos. Têm tido compromisso diário, treinam bem. O Gil veio para ganhar pontos, foi mais forte do que nós numa bola parada. Não está relacionado com a mentalidade o plantel, os jogos é que têm sido diferentes».
Está 7.º lugar depois de ter estado quase o campeonato todo em 6.º?
«Tem de ser essa a motivação. Essa exigência fomos nós que as criámos. Já que andámos tanto tempo em sexto queremos esse lugar, nós, os jogadores, os adeptos. Temos de acompanhar essa exigência criada por nós. Está a faltar essa confiança extra no último terço. Vamos lutar pelo sexto lugar até ao fim, isso é garantido. Fizemos por merecer estar lá, e não é agora por as coisas estarem a correr menos bem que vamos deixar de acreditar».