Treinador do Sporting ficou muito satisfeito pela atitude dos seus jogadores nesta meia-final e elogiou bastante o espanhol, que «merece mais minutos», e Maxi Araújo, lamentando ainda a lesão de Matheus Reis
O Sporting venceu o FC Porto (1-0), em Leiria, graças ao golo de Viktor Gyokeres, e garantiu a presença na final da Taça da Liga, que se vai realizar no próximo sábado, diante do Benfica ou do SC Braga. Rui Borges elogiou bastante a prestação e, principalmente, a atitude dos seus jogadores e desvalorizou o adversário da final.
Má entrada do Sporting na primeira parte e resposta na segunda: «Acima de tudo, os outros jogos são os outros jogos. Este é um jogo diferente. Nos primeiros cinco minutos até entrámos bem, depois fomos caindo e fomos perdendo ali um ou outro comportamento defensivo, onde deixámos o FC Porto ligar num espaço entre linhas, entre a nossa linha média e a linha defensiva. Por vezes a linha defensiva estava abaixada demasiado cedo, criava esse espaço, o que não ajudava a linha média. E criou-nos ali alguns lances de perigo à entrada da nossa área. Tem dois remates, mas tirando isso, depois fomos equilibrando o jogo. Acho que foi uma primeira parte muito equilibrada. Acima de tudo, acho que nos faltava acertar ali um comportamento ou outro defensivo e, em termos ofensivos, perceber e tomar decisões em que podíamos ferir mais o FC Porto. Não estávamos a conseguir buscar esses espaços. No fim da primeira parte conseguimos. Um ou outro lance já de chegada também mais perto da área do Porto, mas acima de tudo foi uma primeira parte equilibrada. Senti acima de tudo que nos faltava um bocadinho de energia. Física talvez, mas de energia e foi isso que pedi um bocadinho ao intervalo. Ajustámos ali um ou outro comportamento que a equipa percebeu e bem. Entrámos muito bem na segunda parte. Fizemos uma segunda parte muito boa, até os últimos 10, 15 minutos. Onde baixámos um pouco mais, mas natural. Fomos perdendo fulgor físico. A equipa bateu-se. A equipa nunca perdeu a organização. Mesmo com o bloco mais baixo, o FC Porto não nos criou num lance de claro perigo, mesmo às vezes com o bloco mais baixo, mas é natural… há uma boa equipa do outro lado. Uma equipa também algo cansada deste lado e é natural, mas acima de tudo um comportamento fantástico de toda a equipa.»
As duas novidades no onze inicial deram muito boa resposta: «Sim, satisfeito com toda a equipa. A malta teve um comportamento fantástico, uma atitude competitiva muito boa. Uma segunda parte onde fomos muito mais rigorosos e concentrados. A energia veio um bocadinho mais ao de cima, por isso é que fomos muito bons nos primeiros 25 minutos da segunda parte, claramente superior ao FC Porto, com muita qualidade. Mas sim, os dois fizeram... o Maxi fez um grande jogo, tem uma energia muito própria e que era preciso, mesmo até para a equipa sentir, às vezes ajuda a puxar os outros colegas. O Iván não tem minutos, mas fez um grande jogo. Um jogo muito competente, defensivamente, ofensivamente. Percebeu claramente aquilo que tinha de fazer, que espaço é que tinha de fechar, que espaço é que tinha de buscar. Por isso, muito feliz pela capacidade dele de dar esta resposta. É um jogador que não tem minutos, mas é um jogador que pode ter muitos minutos. É um jogador em quem nós acreditamos imenso. É natural que ele falte alguma confiança. Acredito que é um miúdo com mais confiança que será um grande lateral direito no futuro. Não tenho dúvida nenhuma disso e hoje deu uma resposta fantástica.»
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Perder Matheus Reis é talvez a pior notícia da noite: «Sim, infelizmente é o único sinal do jogo, é perder o Matheus. O Matheus também era um dos casos que nos últimos dias passou por algum descanso, por causa das gripes. Achámos que poderíamos correr o risco, digamos, ele fisicamente se sentia-se bem, mas o futebol é isto. Temos de ajustar, ajustámos e a equipa ganhou. Ganhou por ele também e ganhou por toda a gente que está de fora com uma vontade enorme de poder dar contributo e não pode. Mas acima de tudo, a atitude competitiva da equipa… lá está, é de realçar e muito feliz por aquilo que eles têm conseguido fazer.»
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Estava de facto calmo nos últimos minutos?: «Às vezes é tentar estar calmo e sereno, mas, sim, acima de tudo, porque olho para eles e eles dão-me essa confiança. Depois, também, não adianta às vezes estar ali aos gritos, que não se ouve nada, e eles pouco ou nada conseguem ouvir. Mas, acima de tudo, é aquilo que eles passam para mim, é aquilo que, para nós, enquanto equipa técnica. Sentimos confiança, sentimos que vão melhorar imenso, precisam de um descanso também, não o vamos ter. Temos que andar aqui, acima de tudo, é uma equipa ambiciosa e tem um alma enorme, e foi isso que pedi também antes do jogo, que tivéssemos uma alma enorme e uma sede de competir enorme, e foi isso que eles fizeram ao longo de todo o jogo.»
Benfica ou SC Braga na final: «Amanhã estou mais preocupado com aquilo que será o descanso dos meus jogadores. Preciso recuperá-los para podermos dar uma resposta muito boa, idêntica à que demos hoje, no sábado, com muitos minutos, com muito desgaste, independentemente daquilo que será o adversário, mais preocupados com aquilo que nós podemos controlar e ajudar a nossa equipa.»