Treinador do Vitória de Guimarães diz que a polémica que envolveu o recente dérbi do Minho, que redundou na eliminação dos conquistadores da Taça da Liga, foi devidamente analisada pelo presidente, pelo que o seu foco está na preparação da equipa para o jogo de amanhã com o Moreirense. Receção aos cónegos é vista como sendo de grau de dificuldade elevado, pelo que os vimaranenses terão de estar ao seu nível para que os três pontos fiquem em casa
O SC Braga-Vitória de Guimarães, da passada quinta-feira, ficou marcado por uma decisão de arbitragem altamente controversa - os arsenalistas chegaram ao golo da vitória na sequência de um penálti bastante contestado pelos conquistadores e que levou, inclusivamente, António Miguel Cardoso, presidente dos vimaranenses, a ir à sala de Imprensa, no final do desafio, tecer duras críticas à equipa de arbitragem liderada por Fábio Veríssimo -, mas essa derrota (1-2) e consequente eliminação da Taça da Liga já ficou para trás e os vitorianos estão totalmente concentrados no regresso aos triunfos.
Arsenalistas beneficiaram de erro de cálculo de Charles para selarem o triunfo… na repetição de um penálti. Expulsão de Borevkovic foi soco para os conquistadores. Dérbi intenso
Este sábado, na antevisão de mais um dérbi do Minho, neste caso, a receção ao Moreirense, partida da 10.ª jornada da Liga que está agendada para as 18 horas de amanhã, Rui Borges garantiu uma equipa totalmente focada no duelo com os cónegos, sendo que, deseja o técnico, os resquícios desse duelo em Braga serão transformados de forma positiva.
«A revolta, ou tudo o que se passou no jogo com o SC Braga, tem de funcionar como energia positiva, nada mais que isso. Temos de focar-nos no que podemos controlar e é isso que vamos tentar fazer no jogo de amanhã. Vamos defrontar uma boa equipa, mas temos de estar centrados no nosso processo e nos nossos comportamentos individuais e coletivos para sermos fortes. Se assim for, sairemos vencedores. O que aconteceu em Braga? Tem de passar. Nós queremos andar nas competições todas e isto passa de um dia para o outro. Temos de mudar rapidamente o chip, independentemente de tudo o que possa mexer em termos mentais. O grupo está focado e quer voltar a jogar para dar uma boa resposta. Naquilo que nós controlamos, somos muito competentes e vamos continuar a ser fortes», assumiu.
Perante a insistência dos jornalistas sobre o impacto que o último jogo pode ter no futuro imediato do Vitória, Rui Borges colocou um ponto final na questão: «Imagens do jogo anterior? Não vou estar a alimentar isso. O presidente já disse o que tinha a dizer, representou e muito bem o sentimento de todo o grupo e staff, a interpretação do que se passou fica para vocês. Nós sabemos o que temos feito, o que temos construído, e vamos continuar a construir. Nada do que aconteça vai abalar o espírito competitivo e de vitória que sempre tivemos. Vamos precisar também da energia dos nossos adeptos, que têm estado sempre connosco e amanhã não deixarão de estar, com toda a certeza.»
Presidente do Vitória de Guimarães compareceu na sala de imprensa para lançar duras críticas à arbitragem de Fábio Veríssimo e também à atuação do VAR, João Pinheiro
E falando, em concreto, do adversário deste domingo, Rui Borges reforçou o seu sentimento de gratidão para com o Moreirense, emblema que representou na temporada passada, assumindo que os cónegos poderão criar muitas dificuldades aos conquistadores.
«Vamos ter um jogo difícil pela frente, perante um adversário que nos vai criar ainda mais dificuldades do que aquelas que nos criou o SC Braga, não tenho qualquer dúvida disso. Se tivermos o mesmo rigor e a mesma entrega, sairemos vencedores. É certo que o Moreirense tem muitos comportamentos da época passada, tal como também tem, e bem, algumas coisas do seu treinador, mas a verdade é que não tivemos praticamente tempo para prepararmos o jogo. Respeito muito o Moreirense, não só pelo sentimento que tenho pelo clube, se também estou aqui é pela oportunidade que eles me deram, e sei que é uma equipa muito competitiva, muito bem organizada e com qualidade individual», concluiu.