Ruben Kluivert: «Entre os meus irmãos, sou o melhor de todos»
Ruben Kluivert exercita-se no decorrer de uma sessão de treino do Casa Pia. Foto: Casa Pia AC.

Ruben Kluivert: «Entre os meus irmãos, sou o melhor de todos»

NACIONAL30.07.202410:54

Defesa considera o Casa Pia uma «oportunidade» que pretende agarrar e não desperdiçar; acumulou partidas na Eredivisie depois de ter terminado a formação no Utrecht

Até este momento, Rúben Kluivert é praticamente apenas conhecido como um dos filhos de Patrick Kluivert que desenvolvem a carreira de futebolistas profissionais. Rúben Kluivert não esconde o orgulho pelo percurso e qualidade do pai, mas em conversa com A BOLA vincou que a sua pretensão passa por contar a sua própria história. De resto, em função da sua juventude, confessou não ter vivido de forma direta as principais glórias do seu progenitor, tendo nascido quando o seu pai estava no auge da carreira.

«Não tenho grandes memórias, quando ele jogava no Barcelona eu era demasiado novo, não me lembro de muito daí…de Newcastle, lembro-me de algumas coisas, mas não está muito claro na minha mente, era muito jovem. Dos estádios sim, lembro-me um pouco, sim, mas do meu pai a jogar, não. Estava demasiado distraído durante os jogos (risos)», lembra, feliz.

«Claro que todos os jogadores têm um modelo a seguir e tornarem-se também num e eu também quero ser falado por mim e não apenas pelo meu pai, pelo que ele fez e os meus irmãos estão a caminho de o fazer ainda. Quero realmente ser notado por mim», projeta um dos reforços dos gansos para a nova temporada, que apesar do seu apelido bastante mediático ainda busca por destaque na sua carreira profissional e deixar um pouco a sombra de ser filho de uma estrela para, também ele, se tornar numa referência para outros jogadores.

Rúben Kluivert chegou, ainda assim, a acumular partidas na Eredivisie, principal escalão dos Países Baixos, ao serviço do Utrecht, onde completou a sua formação, tendo seguido para o Dordrecht na época transata, destacando-se no segundo escalão holandês com 22 partidas e o interesse do Casa Pia na sua contratação, efetivado num contrato com a duração de três temporadas que espera cumprir para dar o salto e transitar patamares.

«Posso ajudar a equipa com o meu estilo de jogo»

Kluivert considera o Casa Pia uma «oportunidade» que pretende não desperdiçar, enaltecendo a estabilidade que encontrou e que o motivou a assinar pelos gansos. «É bom não se jogar apenas para a manutenção. O Casa Pia é uma equipa com futebol estável e gosto de jogar esse tipo de futebol e gosto também desta Liga, que me vai permitir marcar pontos. É boa para mim, para jovens jogadores que se estão a fortalecer, e o Casa Pia vai permitir-me fazer isso», antevê o defensor.

Para trás, o reforço casapiano deixa os Países Baixos, onde até então havia desenvolvido toda a sua carreira como um defensor de elevado recorte técnico que promete contribuir para a qualidade do espetáculo. «Penso que, com certeza, com a minha qualidade, capacidade de pressão e conforto com a bola, gosto de ter bola e jogar entrelinhas. Acho que eu posso realmente ajudar a equipa com o meu estilo de jogo e trazer-lhe algum ímpeto e que irei ganhar muito a partir da equipa», perspetivou, por fim, o defensor neerlandês.

O futebol é a atividade que liga a família
Kluivert. Além do patriarca Patrick, figura incontornável do futebol neerlandês e internacional, o clã seguiu com quatro filhos e todos futebolistas profissionais: o mais velho, Quincy, que não se encontra em atividade, Justin, Rúben e o mais jovem, Shane Kluivert. Retirando Kluivert sénior da equação, A BOLA desafiou o central do Casa Pia a escolher, entre todos os irmãos, qual o melhor e não hesitou na escolha - «penso que sou o melhor de todos», soltou, entre risos.

Segundos depois, de forma mais séria e analítica, Rúben Kluivert destacou dois dos seus irmãos, Justin, o mais mediático de todos, e o mais jovem Shane, que com apenas 16 anos já evolui nas equipas jovens do Barcelona, onde Patrick Kluivert fez sucesso há mais de duas décadas.
«Penso que, por agora, o Justin está a dar-se muito bem no Bournemouth (Inglaterra) e estou muito orgulhoso dele, está no seu caminho para atingir o topo e, por agora, é o melhor entre nós, mas o Shane está também a fazer o seu caminho e, claro, a jogar pelo Barcelona e nas seleções jovens dos Países Baixos também. Está a ser muito entusiasmante para ele e estou também muito orgulhoso dele por estar a atingir um bom nível», destacou.


Ao dia de hoje, a sua escolha passa pelo irmão Justin, que já alinhou em clubes como o Ajax ou a Roma – orientado pelo português José Mourinho, e agora o Bournemouth, de Inglaterra, e considera ser quem «está mais perto» do topo, com presenças efetivas na seleção nacional neerlandesa, esperando alcançar o êxito em Portugal para alcançar esse feito na sua carreira.