Rúben Dias e a crise no City: «Sabemos que as pessoas estão desejosas de nos ver cair»

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Rúben Dias fez um balanço do momento do Manchester e falou do que se aprende num contexto de falta de vitórias, algo a que o City não estava habituado nos últimos tempos.

«Boa pergunta. Eu acho que a não vitória te ensina mais do que nunca, a ser quem tu és, a ser forte nos momentos difíceis, a manter-te fiel aos teus princípios. E é nestes momentos - sempre tive esta opinião, fosse em que contexto fosse - , especialmente falando de futebol, que eu vi um jogador, sendo bom ou não, quando vem a dificuldade, a capacidade que ele tem de se manter firme, mesmo quando parece que está a levar socos de todo o lado, manter-se firme e manter-se focado naquilo que tem que fazer e na sua missão. Talvez este seja um destes momentos e é o momento para manter firme, trazer positividade enquanto equipa. Olhar para a frente, sermos bons, porque se nós formos a nossa melhor versão, dificilmente alguém nos ganha e, portanto, é aí que tem que estar o foco», explicou ao canal TNT Sports BR.

Há um orgulho ferido devido às críticas de fora? «Acho que não, porque, ao final de contas, isso é o futebol. Isso é a vida, primeiro de tudo, e isso é o futebol ainda mais. A cada novo ano, tudo o que tu fizeste para trás não existe. É óbvio que, para nós, isso faz parte de quem nós somos como atletas e como pessoas e tem de estar presente a nível de confiança, a nível de muitas coisas. Mas, para quem vê e para quem julga, as pessoas gostam de se esquecer e as pessoas gostam de ignorar e passar à frente, que é para apanhar a próxima oportunidade de ver cair. E, simplesmente, é lidar com isso, aceitar que o jogo se joga assim e ter a destreza mental de aceitar o jogo como ele é e ser o melhor no jogo. Todos sabemos que as pessoas estão desejosas de nos ver cair. E isso faz parte do futebol, porque nós ganhámos tanto e conquistámos esse lugar. Isso é uma conquista, o facto de tanta gente esperar ou desejar que agora as coisas nos corram mal. Nós conquistamos esse estatuto, pela maneira como jogámos, por tudo que ganhámos. E, portanto, agora, mais do que qualquer outra coisa, é defender quem nós somos, como pessoas, como jogadores, individualmente e coletivamente. E proteger isso com orgulho, sim. Mas no sentido de proteger, não de ficar ofendido. Proteger e continuar a ser melhores, porque a maioria de nós temos todos muitos anos ainda pela frente», disse ainda, antes de o City defrontar esta quarta-feira a Juventus em Turim, para a Liga dos Campeões.