22 junho 2024, 16:32
«Se Di María quiser perder algumas liberdades…»
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Extremo contratado em janeiro diz estar pronto para mostrar o que vale; Lembra palavras de Schmidt e elogia o clube e o balneário; Aponta diferenças entre futebol argentino e português
Numa altura em que já coloca vídeos nas redes sociais no ginásio a trabalhar a forma física para a nova temporada, Benjamín Rollheiser, extremo argentino de 24 anos, revelou admiração pelo Benfica, «um grande clube europeu que compete sempre para ganhar» e «o maior de Portugal». Foi contratado por empréstimo em janeiro, ao Estudiantes de La Plata, mas com cláusula de compra obrigatória de €9,5 milhões por 90 por cento do passe. Ainda só fez nove jogos pelos encarnados (um golo).
Em entrevista à La Nueva Radio Suárez, uma rádio de Coronel Suárez, cidade na Argentina que o viu nascer e crescer para o futebol, o extremo fez um balanço positivo dos primeiros seis meses nos encarnados. «O Benfica é um grande clube, é o maior do país. Depois há outras equipas, mas tendo em conta os títulos e como se destaca a nível europeu, com participações muito importantes, é o mais relevante. Estou muito feliz com a forma como me receberam, cheguei e adaptei-me muito rapidamente ao grupo e às pessoas. Agora estou a descansar um pouco para voltar a estar a cem por cento quando começar a pré-época», destacou.
Quando se chega, quer-se jogar e mostrar que se pode jogar a esse nível, mas é preciso ter paciência, porque agora começa uma nova época, em que começamos todos do zero e posso competir por um lugar.
Para a sua adaptação, muito contribuíram os compatriotas Di María e Otamendi. «Desde o primeiro momento, deram-me confiança e fizeram-me sentir como um deles. Isso demonstra a humildade que têm para connosco, tanto para o Gianluca Prestianni [extremo de 18 anos argentino também contratado pelo Benfica em janeiro] como para mim, pois somos dois rapazes que estão a disputar os seus primeiros jogos na Europa. Dão-nos muitos conselhos e tentamos seguir os seus passos, porque são grandes jogadores, com uma longa carreira e que já passaram por muita coisa. Eles estão a corrigir o nosso caminho para que possamos ter uma boa carreira», sublinhou.
22 junho 2024, 16:32
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Embora não tenha conquistado títulos na época de estreia em solo lusitano, Rollheiser crê que é «uma questão de trabalho, boa preparação e partilha» para que a equipa chegue ao seu melhor nível, o que a levará a «alcançar grandes feitos».
Sobre ingressar noutras ligas mais competitivas, como a inglesa ou a espanhola, o atacante de 24 anos frisa que já «está num grande clube europeu, que compete sempre para ganhar» e que a prioridade é estabelecer-se e «dar-se bem em Portugal». «Veremos o que acontece no futuro», apontou.
O argentino entrou numa equipa já com processos definidos e colegas à frente na hierarquia. Contudo, com a possibilidade de disputar esta pré-época, o cenário é diferente, assumiu: «É um processo de adaptação, como o treinador me disse; venho de outro futebol, de outro sistema de jogo e de outra cultura. Quando se chega, quer-se jogar e mostrar que se pode jogar a esse nível, mas é preciso ter paciência, porque agora começa uma nova época, em que começamos todos do zero e posso competir por um lugar.»
E que diferenças são essas, entre o futebol português e o argentino? «No nosso país é mais dinâmico, mais físico, qualquer equipa pode enfrentar as grandes equipas em qualquer campo. Em Portugal, as equipas de topo são respeitadas pelas restantes, que acabam por jogar de forma diferente, esperam (jogam) um pouco mais atrás. É um desporto mais tático do que qualquer outra coisa, são todos bons tecnicamente e a diferença para mim está na dinâmica.»
Por fim, Rollheiser deixou palavras sobre a seleção Argentina, que vê como candidata à conquista da Copa América, «sobretudo pela forma como tem jogado e pelos títulos que conquistou nos últimos anos», admitindo que «seria um sonho ser convocado no futuro».
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