Roberto Martínez: «Porta está aberta, mas é muito difícil entrar»

Com a presença na Alemanha garantida, a malha aperta e selecionador admite que não será fácil entrar no atual grupo. «Trabalho difícil para mim», assume

Portugal carimbou a presença no Europeu do próximo ano na Alemanha com uma qualificação historicamente veloz, sem sobressaltos, depois do triunfo desta sexta-feira à noite sobre a Eslováquia, no Dragão, por 3-2, com golos de Gonçalo Ramos e Cristiano Ronaldo (2), na que foi a sétima vitória em outros tantos jogos de qualificação.

Roberto Martínez conseguiu, assim, e com distinção, atingir o primeiro objetivo que foi definido ao assumir o comando técnico da turma das quinas após o Mundial do Catar.

Após o jogo, na sala de imprensa do Dragão, Martínez fez balanço da qualificação e praticamente deixou fechadas as portas a novas entradas no lote de selecionáveis.

«Terminar invictos a fase de apuramento é importante, estamos no bom caminho. Gostei muito do profissionalismo da equipa, do compromisso, dos níveis do balneário, e não é surpresa o talento individual que temos, mas foi uma surpresa agradável o compromisso dos jogadores com a Seleção. O que precisamos de fazer agora nos próximos jogos é terminar ao melhor nível. Agora temos mais do que 23 jogadores para o Europeu, é a realidade e um trabalho difícil para mim», vincou o selecionador nacional.

Martínez fez, depois, o que dele se espera, afirmando que as portas da Seleção estão sempre abertas, mas não deixou de colocar todas as cartas em cima da mesa, assumindo que, ainda assim, não será facil alguém entrar no lote mais alargado de atletas com os quais tem trabalhado desde que sucedeu a Fernando Santos.

«A porta está sempre aberta, mas para entrar é dificil, o nível é o dos que estão dentro de portas. Temos de ter as portas abertas, mas dar oportunidade aos nossos jogadores de estarem no balneário, porque o merecem. Jogamos na segunda-feira [com Bósnia], vamos avaliar o estado físico dos jogadores e tomar decisões, mas não vamos mudar por mudar. A nossa Seleção joga a um nível porque o treino é de certo nível e os que não tiveram minutos no relvado vão lutar, a porta está aberta, mas é muito difícil entrar», explicou.