Rio Ave: o furação Petit
Efeito da chegada do treinador a Vila do Conde foi enorme: três jogos, três vitórias; ainda reclama tempo para o nível exibicional da equipa subir nos próximos jogos
Depois de um início de temporada periclitante, mercê de uma profunda remodelação do plantel, com a entrada e saídas de muitos jogadores, o Rio Ave parece finalmente navegar em águas calmas. O efeito da chegada de Petit ao comando técnico foi brutal como atestam as três vitórias consecutivas alcançadas diante do Boavista, Alverca e agora Moreirense.
O novo treinador pede tempo para implementar novas ideias, ele que trocou o habitual 3x4x3 utilizado nos últimos anos por Luís Freire por um 4x3x3, que está a surtir efeito e que agrada aos jogadores. A vitória sobre o Moreirense aconteceu na raça, imagem muita típico daquele que era o timoneiro dos vilacondenses enquanto jogador. A mensagem parece estar a passar para os atletas do plantel rioavista, que vai superando etapas e está agora numa posição mais confortável na tabela classificativa mercê dos seis pontos conquistados diante do Boavista e agora dos cónegos.
Não obstante a retoma classificativa, Petit pede mais tempo para consolidar a sua metodologia de trabalho, mas também para dar uma outra nota artística ao futebol praticado pelo Rio Ave. A ideia é conciliar os bons resultados às boas exibições, ainda que, como faz questão de notar, nesta fase embrionária o mais importante é a conquista de triunfos. O treinador não quer, ainda assim, que os seus jogadores embandeirem em arco, mantenham os pés firmes na terra e canalizem já as suas atenções para a difícil partida nos Açores, diante do sensacional Santa Clara, que acaba de infligir a primeira derrota ao campeão nacional Sporting no campeonato.