Rio Ave-Casa Pia: pontos já começam a ficar... ao preço do ouro
Ninguém gosta de perder. Nunca. Mas este é (mesmo) daqueles jogos que ninguém quer (nem pode) perder. Porque a Liga caminha a passos largos para o último terço e entretanto vem aí a fase em que os pontos começam a ficar... ao preço do ouro.
O Rio Ave e o Casa Pia chegam a esta 21.ª jornada em posições delicadas na tabela classificativa e a necessidade de vencer começa a ser cada vez mais urgente.
Se olharmos ao passado recente, e numa análise meramente teórica assente nos resultados obtidos pelas duas equipas nas últimas rondas, então o Rio Ave estará mais perto de vencer. Afinal, o conjunto de Luís Freire vem de três empates consecutivos, sendo que o último foi alcançado no terreno do FC Porto (0-0), algo que terá aumentado ainda mais a moral da formação vila-condense.
Mas o Casa Pia também vem de um empate (0-0 na receção ao Boavista), numa partida que, apesar de ter sido bastante nivelada por baixo no que concerne à qualidade do espetáculo, acabou por castigar mais os gansos do que propriamente as panteras.
Além de terem obtido o mesmo resultado na 20.ª jornada, vila-condenses e lisboetas têm também em comum o facto de estarem há mais de um mês sem conhecerem o sabor do triunfo: o Rio Ave não vence desde o dia 7 de janeiro (2-0 ao Portimonense), o Casa Pia desde o dia 8 de janeiro (4-1 ao Moreirense).
A curva parece ser ascendente. Depois desse triunfo diante dos algarvios, os rioavistas somaram novo desaire (1-4 com o Benfica), é um facto, mas a reação foi imediata e surgiu assente em três empates consecutivos: Chaves (0-0), Estoril (1-1) e FC Porto (0-0). E este registo recente deixa Luís Freire (ainda mais) otimista no que diz respeito ao regresso às vitórias.
Que, acredita-se na estrutura verde e branca, começarão a ser uma uma realidade já esta tarde. Até porque, acrescente-se, é em Vila do Conde que o Rio Ave gosta de jogar. É em Vila do Conde, no conforto do lar e com o apoio dos seus adeptos, que os pontos têm sido conquistados (13 dos 18 já obtidos no Campeonato).
Nos Arcos, os rioavistas têm sido particularmente eficazes: três vitórias, quatro empates e três derrotas.
Chaves (2-0), Boavista (2-0) e Portimonense (2-0) caíram em Vila do Conde, onde Famalicão (1-1), Estrela da Amadora (1-1), Vizela (1-1) e Estoril (1-1) - sim, os resultados foram sempre os mesmos nas vitórias e nos empates (!) - também não conseguiram passar. Os desaires foram diante de FC Porto (1-2), Moreirense (0-3) e Farense (3-4).
Equipa provável (3x4x3): Jhonatan; Josué, Aderllan Santos e Miguel Nóbrega; Costinha, Mateo Tanlongo, João Teixeira e Fábio Ronaldo; Joca, Yakubu Aziz e João Graça
Lesionado: André Pereira
Castigado: Emmanuel Boateng
A antevisão de Luís Freire:
Os gansos também querem fortalecer o terreno para evitarem começar a nadar para fora de pé. A queda acentuou-se há sensivelmente um mês, porque depois do já referido triunfo sobre o Moreirense, os lisboetas somaram três derrotas - Famalicão (0-3), Farense (1-3) e Sporting (0-8) - e um empate - Boavista (0-0).
Mas se o Rio Ave gosta de jogar em casa, o Casa Pia prefere atuar na condição de... visitante. Longe de Rio Maior (casa emprestada aos casapianos enquanto decorrem as obras em Pina Manique), a formação orientada por Pedro Moreira angariou 14 dos 20 pontos que contabiliza atualmente.
As deslocações mais proveitosas foram aos redutos de Farense (3-0), Arouca (1-0), Chaves (3-1) e Moreirense (4-1), sendo que as idas aos terrenos de Boavista (1-1) e Benfica (1-1) também renderam. Ao invés, os gansos foram derrotados por Gil Vicente (0-2), Estoril (0-4), FC Porto (1-3) e Sporting (0-8). Este jogo em Vila do Conde é, de resto, o primeiro do Casa Pia fora de casa depois da pesadíssima goleada sofrida em Alvalade. Qual será a reação?
Equipa provável (4x4x2): Ricardo Batista; Larrazabal, Fernando Varela, Tchamba e Leonardo Lelo; Yuki Soma, Ângelo Neto, Beni e Nuno Moreira; Clayton e André Lacximicant
Lesionados: Zolotic e Kiki Silva
Castigado: Felippe Cardoso
A antevisão de Pedro Moreira:
A linha que separa as designações decisivo e de extrema importância é muito ténue. Porque este jogo pode valer (muito) mais do que apenas três pontos. A tabela classificativa e o forte desejo de fuga aos lugares de aflição assim o indicam.
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