Raio de sol ao cair do pano desaparece entre as nuvens (crónica)
Moreirense e Rio Ave mediram forças em Moreira de Cónegos (Foto: MANUEL FERNANDO ARAÚJO)

Moreirense-Rio Ave, 0-0 Raio de sol ao cair do pano desaparece entre as nuvens (crónica)

NACIONAL02.03.202419:25

Moreirense teve três pontos na mão, mas falhou penálti na compensação: remate de Alan saiu por cima; Rio Ave continua a ser a única equipa sem vitórias fora de casa na Liga

Duas equipas em fases diferentes da época — uma a fazer sensação na Liga com vista para o top-5 da tabela, outra ainda a tentar distanciar-se dos lugares de descida e com o pior registo fora de casa (único clube do campeonato que ainda não ganhou longe de casa) —, Moreirense e Rio Ave não foram além de um nulo na 24.ª ronda da Liga. Numa tarde ora de sol, ora de chuva, que deixou o campo pesado, mais lamentos para os anfitriões, que foram superiores e viram os três pontos escapar num penálti que Alan falhou na compensação.

Moralizados pelo empate com o Sporting na jornada anterior, ou não tivessem sido a primeira equipa a roubar pontos ao leão neste ano civil, os vila-condenses quiseram repetir a receita, mas sem qualquer efeito junto da baliza do Moreirense. As únicas oportunidades da primeira parte foram protagonizadas pelos cónegos, através de Madson Monteiro (10’), João Camacho (13’), Luís Asué (28’ e 36’) e Carlos Ponck (28’).

No segundo tempo, o Rio Ave procurou equilibrar a partida, e conseguiu assustar num par de ocasiões, via Vrousai (51’ e 65’) — após uma primeira parte descansada, Kewin Silva deu sinais de vida, travando um cruzamento/remate do grego e vendo o outro ir ao lado. Já o Moreirense tentou recuperar o controlo do encontro, mas Luís Asué teve novamente os caminhos da baliza tapados por Aderllán Santos (72’).

Sem novidades no marcador, os treinadores lançaram os últimos trunfos e foi Rui Borges a mostrar melhor mão: recém-lançado em jogo, Vinícius Mingotti teve boa arrancada, apenas parada em falta, na área vila-condense, por Josué. Penálti na compensação a valer três pontos, mas que acabaria desperdiçado por Alan: o médio ofensivo brasileiro, dos 11 metros, atirou por cima da barra. No último fôlego, suspirou de alívio Luís Freire, segundo empate consecutivo.