Quenda, os golos e a segunda parte: tudo o que disse Rúben Amorim
Rúben Amorim
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Quenda, os golos e a segunda parte: tudo o que disse Rúben Amorim

NACIONAL17.08.202421:02

Treinador do Sporting falou aos jornalistas e analisou a vitória frente ao Nacional por 6-1

O que dizer da exibição, como a explica? Para si, quem foi o melhor em campo?

É dificil dizer. Teria de ver o jogo outa vez. Houve muitas assistências e os golos chamam muito à atençao. Gostei muito, novamente, do jogo do Quenda, acho que o Quenda é um jogador especial. É muito claro e não é porque assiste...É o compromisso defensivo, é a capacidade física, é o um para um. É muito completo. Também não me quero alongar muito, porque ainda é um miúdo e temos de ter cuidado nessa abordagem. Isto é apenas para dar um exemplo que não olho apenas para os que estão nos grandes momentos do jogo, olho para tudo. Um jogo bem conseguido da nossa equipa. Acho que conseguíamos fazer melhor. O início da segunda parte, ajudou-nos bastante. Uma primeira parte onde nós estamos com a bola, mas nunca sentimos [o jogo] completamente controlado, porque às vezes perdíamos a bola e havia transições. Obviamente que o Nacional tapou muitos espaços na primeira parte e na segunda começou a cair. Com o resultado, não ajuda nada, dá-nos força a nós e cria mais dificuldades ao Nacional. Tivemos um bom jogo interior, com os corredores fechados. Acho que conseguimos fazer melhor, conseguimos defender melhor e temos uma grande evolução pela frente. Somos uma equipa já experiente, mas jovem e acho que temos muitos pontos para melhorar. Mas acho que fizemos uma excelente segunda parte, onde não demos qualquer hipótese ao adversário.

Esperava mais dificuldades por parte da equipa do Nacional?

Eu também sou treinador e estou sempre a sofrer, mas achei muito difícil a primeira parte. Apesar de termos um jogo interior, onde nós, se tivéssemos calma no último passe, criávamos ainda mais problemas. Talvez na única vez que o Inácio teve de saltar, para marcar o Esteves, o Geny não acompanhou e levámos um golo nessa jogada, que nós sabíamos e vimos nos vídeos que eles faziam muito essa jogada. Para mim, foi um jogo complicado, acho que os jogadores do Sporting têm o mérito total de terem descomplicado o jogo. Depois, não pararam. Quanto mais marcávamos, mais queríamos. Isso mata uma equipa. Acho que foi difícil. O resultado e a segunda parte não dizem isso, mas o desenrolar do jogo tambem nos ajudou.

O resultado acabou por ajudar o Rúben a lançar novos reforços para se irem adaptando ao futebol do Sporting?

Foi só o Debast, foi para uma posição que eu acho que ele faz muito bem e que apenas entrou porque o Quaresma já estava algo desgastado. Com o desenrolar do jogo, nós temos de testar. Como temos tanto para melhorar, temos de testar várias coisas e fomos vendo, aqui ou ali, certas situações

A atitude do Sporting na segunda parte foi a chave do resultado?

Acho que sim. Também acho que acertámos melhor a pressão e quando acertamos a primeira pressão, a segunda pressão, há um golo e o Nacional não consegue sair, dá-nos muita força. E depois há muito talento e, aí, a diferença é enorme. Não se pode comparar, com todo o respeito pelo Nacional, o trabalho do Tiago com o meu. Eu meto as peças e depois o Trincão, entre linhas, o Pote, o Viktor, com a potência que tem...Gostei da parte física da equipa, volto a dizer. O resultado ajuda muito na parte física, mas gostei da parte física da equipa, num jogo que acabou por ser muito competente, com muitos golos. Mas acho que olhando para o jogo e para a segunda parte, nós temos de fazer mais golos, porque tivemos transições de três para um, três para dois e, portanto, podemos fazer melhor. Mas nove golos em duas jornadas, acho que não posso pedir mais aos jogadores.