Capitão dos arsenalistas inaugura o marcador aos 6m da receçao ao SC Braga
0 seconds of 35 secondsVolume 90%
Press shift question mark to access a list of keyboard shortcuts
00:00
00:35
00:35
 

SC Braga-Lazio, 1-0 Que pena aquele chapéu ter sido demasiado pequeno

INTERNACIONAL30.01.202523:10

Grande SC Braga na maior parte do tempo. Atacar quase sempre com perigo e defender sempre de forma imperial. Faltou um golo para o sonho ser realidade, mas para a história fica a vitória sobre o líder da prova

Faltou um golo ao SC Braga. Próprio ou não. Bastava que Ricardo Horta, por exemplo, tivesse feito um chapéu ligeiramente mais alto, por volta do minuto 87, para que os guerreiros do Minho tivessem feito o necessário segundo golo para continuarem na Liga Europa. Mereciam ter marcado, claro que sim, mas para a história fica o triunfo sobre o líder da prova e quarto classificado da sempre imponente Serie A.

Os bracarenses entraram fortes e decididos e, embora sem utilizarem a quinta velocidade, andaram quase sempre muito perto dela. João Moutinho e Gorby, imediatamente à frente do quarteto defensivo, eram os tampões que permitiam que Roger e Gharbi, bem nas alas, e Ricardo Horta pelo meio, mas com grande amplitude de movimentos, criassem a onda necessária para que o golo pudesse aparecer.

E cedo ele apareceu, numa jogada envolvente e belíssima da equipa bracarense. Gorby aventurou-se um pouco mais, cedeu a bola a Roger, este abriu em profundidade para entrada de Víctor Gómez na direita, que cruzou para o desvio letal, bem no coração da área, de Ricardo Horta. Era uma entrada perfeita para a equipa de Carlos Carvalhal. Com talento, frescura e, sobretudo, golo.

A Lazio só começou a entrar no jogo perto dos 20 minutos, mas quase sempre sem grande perigo ou intensidade. Houve um corte importante de Paulo Oliveira sobre Tchaouna, sim; houve um livre de Pedro rente ao poste direito, sim; houve até um golo anulado por fora de jogo (quilométrico) de Pedro, sim. Mas os romanos foram, quase sempre, uma espécie de gatinho dócil e demasiado meigo. Pelo menos no primeiro tempo, no qual estiveram quase sempre subjugados pelo poder bracarense.

Ao intervalo, a vencer por 1-0, o SC Braga era o penúltimo apurado para o play-off, relegando o FC Porto (0-0 em Belgrado), por exemplo, para fora da fase seguinte. A vantagem face à Lazio era justa. Aliás, justíssima. E talvez até merecesse mais um golito para que a qualificação ficasse mais perto.

Pós-intervalo, os laziale regressaram diferentes. Já não eram gatinhos dóceis, antes pequenos tigres, pronto a atacar. E durante cerca de 20 minutos pressionaram os bracarenses como até então não se tinha visto. Foi então tempo de se erguer em torno de Hornicek uma espécie de muralha de aço, na qual Paulo Oliveira e o guarda-redes foram figuras imponentes.

Passados esses 20/25 minutos, o SC Braga voltou à carga em busca de um segundo golo que o qualificasse. O jogo reequilibrou-se e ficou bem mais aberto. Talvez até demasiado anárquico para o gosto dos treinadores. A Lazio queria evitar a primeira derrota na prova (empatara apenas na receção ao Ludogorets). Não conseguiu. E o SC Braga, através do maior dos seus heróis, teve no pé direito o segundo golo e a qualificação. Porém, Ricardo 'coração de leão' Horta falhou o chapéu. Ninguém merecia. Muito menos ele.