Fábio Carvalho fala ainda das boas memórias que guarda da «carrinha do Benfica», na terceira parte da entrevista a A BOLA
Fábio Carvalho tinha 11 anos quando os pais decidiram deixar Portugal para ir em busca de melhores condições de vida em Inglaterra. Essa decisão obrigou o médio ofensivo a deixar o Benfica, clube que representou durante três épocas. A ligação às águias, porém, manteve-se à distância e foi renovada quando chegou ao Liverpool, juntamente com Darwin Nuñez. Nesta parte da entrevista a A BOLA, o jogador que está emprestado ao Hull City fala sobre a relação que criou com o avançado e recua também à infância e às boleias da carrinha do Benfica que o levava a casa depois dos treinos.
- Assistiu à chegada de Darwin Nuñez ao clube, vindo do Benfica. Acha que ele sentia a pressão pelo valor que custou ao Liverpool?
- O Darwin é um jogador top. E também como pessoa. Claro que quando uma equipa investe tanto num jogador, há sempre pressão. Mas ele dava sempre o máximo nos treinos e nos jogos, isso é o mais importante e a única coisa que os jogadores podem fazer. E dá para ver pela forma como joga a paixão que tem pelo futebol e pelo clube. Esta época está a jogar muito bem, a marcar golos e a fazer assistências. Se continuar assim vai chegar muito longe.
Em novembro de 2022, Fábio Carvalho avisou Rui Jorge por SMS que não estava disponível para uma convocatória dos sub-21. Desde então não voltou a ser chamado, mas garante que já falou com o técnico e garante sonhar com o regresso à Seleção
- Falavam do Benfica?
- Sim, sim! Falávamos do Benfica. Ele perguntou-me onde é que eu já tinha jogado e eu disse-lhe que antes de me ter mudado para Inglaterra tinha jogado no Benfica. Ele gosta muito do Benfica e víamos sempre os jogos. Principalmente, os jogos com o FC Porto, em que nos juntávamos com o Luís Díaz, que gosta muito do FC Porto. E estávamos sempre com a rivalidade: eu e o Darwin pelo Benfica contra o Díaz. São gente muito boa e craques com quem gosto muito de jogar e aprender.
- Quais são as memórias que guarda do Benfica?
- Foram tempos muito bons. Lembro-me de ir a torneios com alguns jogadores com quem ainda mantenho contacto. Ganhávamos os torneios quase todos porque tínhamos uma equipa muito boa. Havia uma grande rivalidade com o Sporting – com o FC Porto nem tanto porque eles não jogavam assim muito [risos]. Alguns desses jogadores chegaram ao topo, outros não. Faz parte desta vida.
- Quais foram os jogadores com quem jogou no Benfica que chegaram mais longe?
- [mais risos] Palhaçada, risada… Íamos juntos para os treinos e voltávamos à noite. Ia o Gedson, o Jair [Tavares], o João Virgínia, e outros que já não me lembro. Eu era o mais novo e era o último a chegar a casa! Chegava a casa cansado, no dia seguinte tinha de ir para a escola… mas era aquilo que eu queria.
Primeira parte entrevista ao médio ofensivo português, cedido pelo Liverpool ao Leipzig no início da época, mas que rumou ao Championship no mercado de inverno
Também lhe pode interessar: a entrevista completa a Bruno Fernandes