Presidente da Liga diz ter «esperança» de que as reivindicações sejam atendidas no Orçamento do Estado
Pedro Proença ainda acredita que o futebol profissional pode conseguir algumas conquistas na discussão do Orçamento do Estado (OE) de 2024, que se encontra a decorrer.
«Ainda há expectativa e esperança, pelo facto de ainda estarmos na fase da discussão do OE, de que o quadro reivindicativo do futebol profissional possa ainda ser acomodado», declarou o presidente da Liga Portugal, após o final da Cimeira dos Presidente que decorreu nesta quarta-feira em Coimbra.
Proença falou especificamente sobre os impostos que o setor paga ao Estado e sobre os quais pede uma revisão, nomeadamente no que respeita ao IVA pago nos bilhetes para os jogos.
«Há temas como a sede de IRS, IRC e IVA que ainda temos esperança de ver incluídos no documento. O futebol é uma atividade de entretenimento e como qualquer dessas atividades, queremos que a bilhética do IVA seja reduzida da taxa máxima [23%] para a taxa mínima [6%]. É uma questão de plena justiça», defende.
Outro tema que foi discutido após a apresentação do documento anunciado pelo Governo está relacionado com o «Programa Regressar» que permitia a jogadores com passado no futebol português voltar ao país com uma isenção de impostos de 50 por cento do valor do rendimento.
Presidente da Liga garante que dará prioridade ao compromisso que assumiu com os clubes portugueses, caso não seja possível conciliar os dois cargos
As regras para acesso a esse benefício fiscal mudam na versão do OE agora apresentado, colocando um teto máximo de 250 mil euros anuais para os beneficiários, o que deixaria de fora jogadores como Pepe, Otamendi ou Di Maria, que aproveitaram essa benesse fiscal no momento de voltar ao futebol português.
O líder da Liga acredita ainda haver margem para que a medida não avance nesses moldes, que considera prejudicarem não apenas o futebol, mas outras áreas económicas.
«O futebol usufruía desse benefício e temos esperança que possa haver uma alteração que não faça o futebol e outros setores de atividade prejudicados», resumiu.
Lamento do presidente da Confederação empresarial de Portugal (CIP), que participou na Cimeira dos Presidentes da Liga