Proença: «Redução do IVA nos bilhetes é uma questão de justiça»
Pedro Proença, apontado a trocar a Liga pela FPF, pode vir a ser um ‘player’ decisivo (Foto: Paulo Novais - Lusa)

Proença: «Redução do IVA nos bilhetes é uma questão de justiça»

NACIONAL18.10.202316:49

Presidente da Liga diz ter «esperança» de que as reivindicações sejam atendidas no Orçamento do Estado

Pedro Proença ainda acredita que o futebol profissional pode conseguir algumas conquistas na discussão do Orçamento do Estado (OE) de 2024, que se encontra a decorrer.

«Ainda há expectativa e esperança, pelo facto de ainda estarmos na fase da discussão do OE, de que o quadro reivindicativo do futebol profissional possa ainda ser acomodado», declarou o presidente da Liga Portugal, após o final da Cimeira dos Presidente que decorreu nesta quarta-feira em Coimbra.

Proença falou especificamente sobre os impostos que o setor paga ao Estado e sobre os quais pede uma revisão, nomeadamente no que respeita ao IVA pago nos bilhetes para os jogos.

«Há temas como a sede de IRS, IRC e IVA que ainda temos esperança de ver incluídos no documento. O futebol é uma atividade de entretenimento e como qualquer dessas atividades, queremos que a bilhética do IVA seja reduzida da taxa máxima [23%] para a taxa mínima [6%]. É uma questão de plena justiça», defende.

Outro tema que foi discutido após a apresentação do documento anunciado pelo Governo está relacionado com o «Programa Regressar» que permitia a jogadores com passado no futebol português voltar ao país com uma isenção de impostos de 50 por cento do valor do rendimento.

As regras para acesso a esse benefício fiscal mudam na versão do OE agora apresentado, colocando um teto máximo de 250 mil euros anuais para os beneficiários, o que deixaria de fora jogadores como Pepe, Otamendi ou Di Maria, que aproveitaram essa benesse fiscal no momento de voltar ao futebol português.

O líder da Liga acredita ainda haver margem para que a medida não avance nesses moldes, que considera prejudicarem não apenas o futebol, mas outras áreas económicas.

«O futebol usufruía desse benefício e temos esperança que possa haver uma alteração que não faça o futebol e outros setores de atividade prejudicados», resumiu.