Premier League: City quer liderança, United quer Europa
Bruno Fernandes, capitão do Manchester United (IMAGO)
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Antevisão Premier League: City quer liderança, United quer Europa

INTERNACIONAL24.02.202408:00

Equipas de Manchester são favoritas nos seus encontros, em dia de seis jogos na Liga Inglesa

Este sábado, joga-se Premier League. Joga-se, na verdade, muita Premier League: são seis encontros da Liga Inglesa que se disputam no início deste fim de semana, com muitos portugueses envolvidos.

Bruno Fernandes e Diogo Dalot encontram Marco Silva e João Palhinha nesta jornada da Premier League. O jogo, disputado em Old Trafford, está, desde já, marcado pelas mais recentes ausências do lado do Manchester United.

Para além de Lisandro Martínez, que já estava lesionado, os problemas físicos voltaram a atacar Luke Shaw. O lateral esquerdo saiu ainda antes do intervalo frente ao Luton e só deverá voltar perto do final da temporada. Para além disso, e, quiçá, sobretudo, Rasmus Hojlund também não conta. O avançado dinamarquês, que se tornou, na passada ronda, o mais jovem de sempre a marcar em seis encontros consecutivos na competição, contraiu uma lesão muscular e não conta nas próximas semanas, anunciou o clube. Duro golpe para os red devils, que seis vitórias nos seus últimos sete encontros e ainda não perderam em 2024.

Erik ten Hag foi perentório na sua conferência de imprensa: «todos os jogos são uma final.» «Temos de nos qualificar para a Liga dos Campeões. Os jogadores querem isso. Acreditamos, mas temos de lá chegar», disse o neerlandês, adicionando que a pressão das lesões não é inultrapassável: «Claro que as lesões são um problema, mas os outros clubes também sofrem e temos de lidar com a situação. Sinto que conseguimos fazer melhor do que fazemos. Todos os jogadores vão poder mostrar as suas qualidades. Vemos jogadores a progredir que na primeira parte da época estiveram lesionados ou fora das opções. No final, os pontos vão ser mais preciosos, mas sabemos lidar com isso. Adoramos essa pressão, na verdade, e estamos ansiosos.»

No outro banco estará Marco Silva, treinador do Fulham que, contrariamente ao Manchester United, não vivem o melhor momento, com apenas uma vitória nos últimos oito desafios. Na sua antevisão, o português focou-se em dois dos atacantes da equipa. Armando Broja está «apto» a ir a jogo, Willian «vai ser gerido até à hora de escolher a equipa».

Os cottagers chegam, então, a Old Trafford, com uma postura mais defensiva: a recuperação de bola e manter a equipa compacta num bloco médio-baixo tem sido apanágio do técnico português que, certamente, quererá levar pontos do mítico terreno de Manchester. Mesmo com as baixas, a confiança do United está em crescendo e deverá controlar o encontro ainda que, com esta equipa, um ou dois lances podem causar a intranquilidade, algo que o Fulham pode explorar.

O Manchester City, de Bernardo Silva, Rúben Dias e Matheus Nunes, desloca-se ao terreno do Bournemouth vindo, desde já, de um deslize e de uma vitória pouco convincente.

O futebol jogado pelos skyblues não tem sido o mais aprimorado mas o momento de forma não engana: são 16 jogos sem perder, 14 dos quais foram vitórias. Estão em segundo lugar, atrás do Liverpool, e Pep Guardiola quer fazer dos cherries a próxima vítima. «Quero saber é do Manchester City, a minha equipa. O resto não me interessa», disse, questionado sobre Sir Jim Ratcliffe que vê nos reds e nos citizens o «alvo a abater». O espanhol também confirmou que «Kevin De Bruyne vai viajar, Gvardiol e Grealish continuam de fora, mas estão mais perto do regresso».

Do outro lado está Andoni Iraola que, após grande momento de forma, não tem tido um início de ano feliz. O Bournemouth não venceu nenhum dos últimos seis jogos na Premier League, após uma série de seis vitórias em sete jogos sem perder. Momento inverso para a equipa do basco que, ainda assim, não esconde a confiança. «Estamos num bom momento. O jogo com o Newcastle [2-2, na última jornada] foi um dos melhores da temporada. É óbvio que este é um dos jogos mais difíceis que podemos jogar. Temos de estar mentalmente preparados para o minuto. Podemos causar-lhes danos, mas é, obviamente, um jogo muito difícil em todas as áreas.»

Espera-se, então, um encontro de domínio acentuado do Manchester City. O domínio do campeão inglês é, normalmente, avassalador em termos de posse de bola e pressão, ainda que, como disse Iraola, os cherries tenham argumentos: o maior de todos, Solanke, já leva 14 golos na competição, apenas menos três que o melhor marcador... Erling Haaland.

Arsenal e Newcastle protagonizam um dos grandes jogos da ronda. Os gunners vêm de uma derrota com o FC Porto, na Liga dos Campeões, e o objetivo é reagir com três pontos, diz Arteta.

O Arsenal ainda não conta com Timber, Gabriel Jesus, Zinchenko. Thomas Partey, por outro lado, pode estrear-se nesta temporada, frente ao Newcastle, que também conta com baixas importantes, como Alexander Isak, Callum Wilson, Pope ou Joelinton.

A forma das equipas revela, de certa maneira, o que se poderá esperar desta partida: o Arsenal, que leva cinco vitórias consecutivas na Premier League e 21 golos marcados e apenas dois sofridos nesse período, procurará dominar os magpies, uma equipa competente que, ainda assim, só venceu dois dos últimos seis na prova.

Nuno Espírito Santo e Nuno Tavares visitam o Aston Villa, que procura vitórias. A equipa de Birmingham está em quarto lugar, mas com apenas dois pontos de vantagem sobre o Tottenham. Não há margem para erro e, depois do fantástico início de época, três vitórias nos últimos oito encontros é uma marca relativamente curta.

Do outro lado, o Forest, apenas quatro pontos acima da linha de água vem de vitória animadora sobre o West Ham e as ideias de Nuno Espírito Santo começam a entrar no sistema: a equipa está mais compacta e com melhores dinâmicas que há dois meses, quando o português assumiu o comando técnico.

É um jogo que deverá ser definido nos momentos de rutura: se o Villa conseguir derrubar cedo a muralha do Nottingham, a vitória estará muito mais próxima. Se os visitantes marcarem primeiro, a capacidade defensiva do conjunto poderá assumir papel de protagonista.

O Brighton recebe o Everton, de Beto, Chermiti e André Gomes, lesionado. É um confronto de equipas com estilos de jogo muito diferentes: os seagulls jogam um futebol fluido, com aposta no ataque vertiginoso, sendo que, por outro lado, cede muitos remates aos adversários. É nesta área que Sean Dyche pode - e deverá - apostar: manter a linha defensiva compacta e aproveitar, de forma acutilante, as lacunas defensivas adversárias.

O Crystal Palace recebe o Burnley, penúltimo classificado da Premier League, naquele que é o jogo de estreia de Oliver Glasner. O técnico substituiu Roy Hodgson e este é o primeiro encontro que faz no banco dos eagles. Sem Michael Olise, lesionado, a equipa tentará superar a equipa os clarets de Vincent Kompany que, apesar de ter brilhado com o estilo de jogo rendilhado e apoiado na passada temporada, que valeu a conquista do Championship, ainda não conseguiu aplicar a sua filosofia ao mais alto nível.