Portimonense sofreu metade dos golos de ‘rajada’
Paulo Sérgio dá instruções aos seus jogadores. Foto: GRAFISLAB

Portimonense sofreu metade dos golos de ‘rajada’

NACIONAL15.02.202422:45

Algarvios sofreram 21 golos em curtos espaços de tempo; primeiros minutos e últimos são complicados.

Com 44 golos sofridos, o Portimonense tem a 2.ª defesa mais batida do campeonato. Pior só o Chaves, que nas 21 jornadas encaixou 47 golos. Ao olharmos para os golos sofridos pelos algarvios, observa-se que quase metade – 21 – foram encaixados em curtos espaços de minutos, ressaltando também que os momentos mais críticos surgem no início do jogo e após o intervalo, ou nos instantes finais. E, na maioria dos casos em que isso aconteceu, o resultado acabou por ser bem desnivelado. Antes do jogo na Amadora, na passada jornada, Paulo Sérgio alertou que os seus jogadores teriam que retirar alguns comportamentos do menu e certamente que essa instabilidade que a equipa revela quando sofre um golo, estaria na ementa.

Logo na 2.ª jornada, na derrota (1-4) em casa com o Boavista, aos 22 minutos a desvantagem já estava cifrada em 0-3, com autogolo de Relvas (6) e golos de Bozenik (9) e Tiago Morais (22) e na 6.ª, na receção ao Benfica (1-3), aos 17, os algarvios já perdiam por 0-2, com os encarnados a marcarem num espaço de 12 minutos, por Bah (5) e Musa (17).

A 10ª jornada, com o SC Braga, ilustra bem essa volubilidade nos começos e términos dos jogos: a vencer por 1-0 ao intervalo (golo de Pedrão), os algarvios sofreram três em 11 minutos após o recomeço - Ricardo Horta (48), Musrati (52, gp) e Álvaro Djaló (59) - e mais três em sete minutos nos instantes finais, num hat-trick de Banza (83 de grande penalidade, 87 e 90).

Em Moreira de Cónegos, na 14.ª jornada, derrota por 5-2, com os minhotos a marcarem todos os golos em 10 minutos. Maracás fez o primeiro aos 23 e dois minutos depois Madson elevou a diferença, com os algarvios a recuperarem e a chegarem ao empate por Jasper (40) e Relvas (74). Só que depois, voltaram a sofrer mais três golos, em oito minutos, por André Luís (84) Kodisang (89) e Matheus Aiás (90+2). 

Depois de um período de cinco jornadas de acalmia, na 20.ª a história repetiu-se na derrota (1-2) caseira com o Arouca, quando Mujica (48) e Matías Rocha (52) marcaram após o intervalo, num espaço de quatro minutos. E teve continuidade na sexta-feira com o Estrela, na Amadora, quando os locais construíram o largo resultado em 19 minutos, com autogolos de Carlinhos (6) e Nakamura (25) e um golo de Leo Jabá (12), pelo meio.  

Em resumo, no campeonato o Portimonense já sofreu 21 golos de rajada, 14 dos quais no início do jogo ou logo após o intervalo e sete nos últimos minutos do jogo. Ou seja, 47,73% da totalidade dos golos sofridos. Foram entradas e saídas em falso, com custos muito elevados.