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Com o capitão de fora deste primeiro jogo por lesão, os comandados de Michal Probierz precisam de provar que são capazes de fazer algo mais depois de uma qualificação conseguida só nos 'play-offs'; neerlandeses chegam à Alemanha com um meio-campo improvisado e a precisar de constantes provas de vida no decorrer da competição
Polónia e Países Baixos dão hoje, pelas 14h, o pontapé de saída no grupo C do Euro 2024, num encontro que contará com arbitragem portuguesa de Artur Soares Dias.
Em Hamburgo, jogar-se-á o vigésimo encontro entre as duas seleções, contudo, este assume particular destaque já que se trata do primeiro a realizar-se na fase final de Campeonato da Europa. Com a França a assumir-se como crónica candidata ao primeiro lugar do grupo, neerlandeses e polacos jogam para evitar esse desígnio e para arrancar a competição com uma vitória , apesar das ausências sentidas nas duas partes. Sem Lewandowski e Milik do lado polaco e de De Jong no da laranja mecânica, o objetivo para este jogo para os dois selecionadores passa por mostrar que os que entrarem dentro de campo serão capazes de fazer esquecer as notórias ausências.
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Olhando para a estatística, o histórico de confrontos é benéfico para os neerlandeses, que venceram 9 dos 19 encontros já disputados, contra apenas três dos polacos. Este teórico favoritismo reflete-se, de igual modo, no último confronto entre os polacos e os neerlandeses, onde quem sorriu foi este último que venceu por 2-0, para a Liga das Nações, com golos de Bergwijn e Gakpo. Para nos lembrarmos no último triunfo da Polónia é preciso recuar até 1980, data em que venceram por 2-0, num jogo de qualificação para o Campeonato da Europa de 1980.
POLÓNIA
Gera sempre apreensão quando o capitão e o melhor jogador da história do país não irá estar dentro de campo na estreia de um Euro. Sem Lewandowski e Milik- este último teve mesmo de abandonar a comitiva da seleção da Polónia após um estiramento ligamentar no dianteiro- há grandes dúvidas sobre se o selecionador Michal Probierz irá ou não manter o sistema tático utilizado até então.
Desde a sua chegada ao leme dos vermelhos e brancos voltou o sistema de 3x5x2, com Lewandoswki e Milik a serem as referências ofensivas e a chave do sucesso desta equipa. Sem os dois na estreia, resta saber se o sistema tático é para manter e em caso afirmativo entre Piatek, o veterano Grosicki, e Swinderski, quem irá ocupar as duas vagas no ataque.
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Tendo iniciado a qualificação com Fernando Santos, as desilusões com a curta passagem do ex-Selecionador de Portugal deixaram marcas e há grandes dúvidas sobre se a prestação polaca neste europeu será idêntica aos fiascos vistos no mundial do Catar e o último europeu, que não passaram da fase de grupos. Além disso, o facto de estar num grupo com França, Países Baixos e Áustria não dá margem para erro a uma seleção que nos últimos tempos não se mostrou capaz de apresentar um futebol próximo a perfeição e reflexo disso foi a qualificação conseguida apenas no play-off, depois de terem goleado Estónia, por 5-1, e de irem às grandes penalidades com o País de Gales.
26 maio 2024, 12:00
Texto de Tomasz Wlodarczyk, Maciej Luczak e Radoslaw Przybysz - que escrevem para o 'Meczyki' - no âmbito da Guardian Experts' Network, a rede de partilha de conteúdos para o Euro 2024, liderada pelo jornal inglês 'The Guardian', e que tem A BOLA como representante português
Após ter ficado apenas à frente de Moldávia e Ilhas Faroé no grupo E, os jogos de preparação mostraram que, com Probierz como timoneiro, a Polónia pode deixar boa imagem, tendo derrotado a Ucrânia (3-1) e a Turquia (2-1) em dois jogos realizados no seu país.
A figura: Piotr Zielinski
Seria óbvio que o fosse o nome de Robert Lewandowski aquele a estar presente como a grande referência desta Polónia. Pois bem, o avançado do Barcelona está fora do encontro com os Países Baixos e será necessário encontrar em Zielinski o papel de orientador da equipa, de modo que consigam encontrar espaço e, se possível, aproveitá-lo para levar de vencido o oponente de hoje. O médio, que ainda tem contrato com o Nápoles, é o melhor médio dos 26 eleitos pela seleção do seu país e espera-se que seja capaz de trazer para dentro de campo tudo o que já mostrou, quer no calcio, quer nas competições europeias ao serviço dos napolitanos.
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O que disse o selecionador Michal Probierz: «Há quem considere os Países Baixos um dos favoritos ao EURO. Isso mostra como este grupo é forte. Eles têm grandes jogadores, por isso temos de encarar isso com muito trabalho. Vamos tentar ser calmos e mostrar integridade e espírito de equipa. Robert Lewandowski começou a trabalhar por conta própria ontem, Karol Świderski está de volta à plena forma física e, quanto ao Paweł Dawidowicz, tomaremos uma decisão esta noite com o médico sobre se ele pode ou não jogar.»
Onze Provável: Szczesny; Walukiewicz, Kiwior e Bednarek; Frankowski, Slisz, Moder, Zielinski e Zalewski; Piatek e Buksa
Lesionados: Lewandowski, Dawidowicz e Swiderski
Castigados: -
PAÍSES BAIXOS
Junto desde grupo paira esta ideia de que o primeiro jogo pode ser determinante ver o que serão ou não capazes de fazer os Países Baixos neste Euro 2024. A lista inicial de 26 eleitos já deu voltas e mais voltas, e as lesões de Frenkie De Jong, Koopmeiners e De Roon irão levar a um meio-campo improvisado, que será obrigado a sucessivas provas de vida à medida que os neerlandeses avançam na competição. Também ele lesionado, a saída de Brian Brobbey dos eleitos levou a uma chamada de urgência de Ian Maatsen e Joshua Zirkzee, quando o grupo já se encontrava em solo alemão.
Outras das dúvidas para este jogo de estreia será sobre o dono da baliza. Alguns problemas físicos em torno da condição de Bijow obrigaram a uma entrada do jovem Bart Verbruggen no onze e, o que os particulares nos indicam, é que o guardião do Brighton está com o aproximar da hora do jogo no topo da hierarquia na estreia.
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Nos particulares de preparação para o Euro 2024, os Países Baixos golearam o Canadá e a Islândia, por 4-0, mas, na hora da decisão, a craveira dos adversários é outra e persiste a incerteza sobre se a laranja será capaz de voltar a ser mecânica.
A figura: Virgil Van Djik
É o capitão dentro e fora de campo junto de um grupo que mistura a juventude e o desejo de conquistar o segundo Campeonato da Europa na história do país. Num período em que os neerlandeses se encontram órfãos das referências do meio-campo, o defesa-central do Liverpool terá de ser a voz de Koeman- técnico que o lançou em Inglaterra, no Southampton-dentro de campo caso as coisas não estejam a correr de acordo que o desejado dentro de campo.
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O que disse o selecionador Ronald Koeman: «Há uma série de equipas fortes. A Holanda é uma delas. Mas, na minha opinião, não há um favorito claro. Talvez um pouco a França, porque tem a experiência de ganhar grandes torneios. Sabemos que vamos sentir falta Frenkie De Jong. Tomámos esta decisão na semana passada. Mas não é bom falar mais sobre isso. Temos aqui uma boa equipa. E estamos felizes que com o começo da competição.»
Onze Provável: Verbruggen; Dumfries, Van Dijk, De Vrij e Nathan Aké; Veerman, Schouten, Xavi Simons, Reijnders e Gakpo; Depay
Castigados: -
Lesionado: Zirkzee
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