Pizzi revela reação de Jesus após chegar ao Benfica: «Este miúdo...»
Jorge Jesus e Pizzi (IMAGO / Pro Sports Images)

Pizzi revela reação de Jesus após chegar ao Benfica: «Este miúdo...»

NACIONAL02.05.202419:24

Médio, atualmente no SC Braga, deixou elogios a Jorge Jesus, Rui Vitória e Bruno Lage. Internacional português destacou Fejsa e Samaris

Pizzi recordou qual foi o treinador que apostou em si para jogar a oito.

«Foi com Jorge Jesus no Benfica. Cheguei, viu os meus primeiros treinos e disse-me que tinha um bom toque de bola, bom passe, conseguia ver linhas de passe. Disse que iria apostar em mim para aquela posição, que naquela momento era o melhor para mim e para a equipa e agradeço-lhe muito, porque me fez crescer», referiu, em declarações ao Futebol Arte, da Sport TV, abordando um dos primeiros treinos de águia ao peito.

Pizzi com a camisola do Benfica, em 2015/2016 (IMAGO / Xinhua)

«Lembro-me dos primeiros treinos no Benfica, nervoso por chegar ao Benfica, com vontade de mostrar o meu valor. Lembro-me de estarmos a fazer um treino, um exercício de passes, e o mister dizer: ‘Este miúdo tem qualidade de passe’. E foi aí que as coisas começaram», disse.

O internacional português, atualmente no SC Braga, beneficiou da saída de Enzo Pérez, a meio da temporada 2014/2015, para assumir a titularidade na Luz.

«O Enzo saiu em janeiro, eu tive uma lesão no início da época, no cotovelo, que atrasou a minha adaptação, mas fui evoluindo naquela posição nos treinos e nos jogos da Taça, da Taça da Liga. O mister Jesus metia-me logo a número oito e dava-me muita indicações como tinha de defender. Não era um jogador com muitas características defensivas e ele fez com que evoluísse um bocado nesse aspeto. Com a saída do Enzo, acabou por ser um processo natural. Eu já estava a ser treinado para a sua saída», apontou, deixando elogios a Jorge Jesus, Rui Vitória e Bruno Lage, com quem trabalhou no Benfica.

Enzo Pérez deixou o Benfica a meio da época 2014/2015 (IMAGO / Pedro Benavente)

«De todos os treinadores que tive na minha carreira, levo sempre alguma coisa boa deles, seja taticamente, como pessoa, defensivamente… Tive treinadores muito bons. O que me marcou mais pela diferença em termos de posição foi o mister Jorge Jesus. Taticamente é perfeito, o melhor que tive e um dos melhores do mundo. Em termos de prazer de jogar e treinar, mesmo de convivência, Rui Vitória e Bruno Lage foram dois treinadores com quem adorei trabalhar. Tive o mister Rui Vitória no Paços de Ferreira e depois no Benfica. Já nos conhecíamos. O Bruno Lage foi uma época em que o nossos futebol mudou também pela postura do mister. Acabámos por fazer um final de época incrível, com João Félix, Rafa, Seferovic. Jogava eu na direita, a vir para dentro, o Félix como segundo avançado, Rafa na esquerda a vir para dentro e houve uma dinâmica bonita. Trocávamos de posições», atirou.

Festejos do Benfica (IMAGO / HMB-Media)

Pizzi destacou ainda Fejsa e Samaris: «Num meio-campo a dois é sempre mais difícil. Tem de ser um médio com outras características. No Benfica tínhamos 90 por cento dos jogos sempre a bola. Estávamos sempre instalados no meio-campo adversário e era mais fácil para mim. Acabava por ser mais difícil quando íamos jogar na Europa, com equipas mais fortes, jogadores com mais qualidade, outro ritmo. No Benfica tive a felicidade de ter um seis inacreditável, que era o Fejsa, varria aquilo. Era o guarda-costas perfeito. Varria e entregava logo. Tinha qualidade, mas sabia que o papel dele era roubar e entregar para a frente. Tive o Samaris, com características diferentes do Fejsa, mas forte, pressionava e ajudava-me bastante.»