Presidente do FC Porto diz que ainda não tomou uma decisão, ataca ferozmente André Villas-Boas e diz que a obra feita fala por si
Num esboço da entrevista que concedeu ao programa «Primeira Pessoa», da RTP, Pinto da Costa lança duras críticas a André Villas-Boas, que assumiu ontem a candidatura à presidência do FC Porto. «Quando eu vejo uma pessoa que tem uma obsessão porque quer ser presidente do FC Porto não é servir o FC Porto. Eu comecei como chefe de secção. Mas quando vejo uma pessoa com essa obsessão. Se eu visse que havia uma pessoa que as pessoas queriam que ele fosse como missão eu não me recandidataria de certeza. A cadeira de sonho dele acabou quando lhe acenaram com dinheiro. Ele teve uma cadeira de sonho, ganhou tudo, tinha uma equipa fenomenal, estava eu tranquilo para a época seguinte, fui chamado pelo Antero a dizer que ele queria ir embora porque tinha um contrato milionário com o Chelsea. Quando os sonhos terminam com dinheiro, são sonhos que não são de recordar», ataca, prosseguindo: «Então os nossos inimigos é que apoiam um candidato para o meu clube? Aqui há gato. Mesmo gostando de animais, desse tipo de gatos não gosto. Isso pode ser realmente um argumento para eu tomar uma decisão diferente da que eu acho que para mim era melhor.»
Cerimónia da oficialização da candidatura à presidência contou com 800 apoiantes, na Alfândega do Porto: Villas-Boas agradecido ao trabalho de Pinto da Costa, mas reforça a necessidade de alterar o rumo do clube
Pinto da Costa garante que ainda não tomou uma posição. «Ainda não decidi se me vou recandidatar. O que é que me pode fazer recandidatar? Primeiro: eu tenho um projeto, ter a equipa de futebol nos primeiros lugares da Europa; depois, quero ver a Academia e ter a certeza que se fará e vai ser a melhor de Portugal. Nunca fiz campanha eleitoral, nem vou fazer. Se perdesse estas eleições não seria uma humilhação, para mim não, sairia de consciência tranquila porque tenho um projeto, as pessoas sabem qual é o meu projeto, tenho uma obra feita, as pessoas sabem. Se as pessoas quiserem mudar, plenamente. Os sócios é que mandam», diz.