Pinto da Costa revela quem foram os seus maiores adversários, fora e dentro de campo
Pinto da Costa foi presidente dos azuis e brancos durante 42 anos (FOTO: FC PORTO)

Pinto da Costa revela quem foram os seus maiores adversários, fora e dentro de campo

NACIONAL29.08.202418:47

Ex-presidente do FC Porto revelou os seus maiores adversários; destacando o respeito pelo Real Madrid dentro de campo; fora, apontou o Ministério Público, refletindo sobre as investigações que enfrentou ao longo dos anos.

Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, concedeu uma entrevista ao programa Contrastes, da TVI Player, onde partilhou quais foram os seus maiores adversários durante os 42 anos em que esteve à frente do clube.

Quando questionado sobre o maior adversário dentro do campo, Pinto da Costa revelou que o Real Madrid foi o clube que mais respeito lhe impôs.

«Havia um clube que não gostava nada de defrontar, embora curiosamente tenha sido amigo dos diversos presidentes que conheci e sou amigo do atual presidente, Florentino Pérez: era o Real Madrid. Tínhamos um complexo com o Real Madrid. Quando saía o Real Madrid, ficávamos logo preocupados. Curiosamente, uma vez saiu-nos o Real Madrid num grupo, fomos apurados os dois e foi a época em que ganhámos a Liga dos Campeões. Era o clube por quem tínhamos mais respeito, achávamos que era forte, tinha muita influência… os outros, para mim, o pensamento era sempre o de ganhar.»

Sobre o maior adversário fora do campo, Pinto da Costa apontou para o Ministério Público, refletindo sobre os desafios enfrentados ao longo dos anos devido a investigações.

«Diria que foi o Ministério Público, porque, fruto de queixas anónimas e também de cartas anónimas, criaram uma ideia de mim, que tinha negócios, que tinha uma fortuna escondida. Infelizmente não tenho, o que tenho está bem à vista. Volta e meia era visitado para fazerem buscas, nunca encontraram nada. Sei que andavam nos bancos a ver as minhas contas, e aí nunca entrou dinheiro que não fosse justificado por cheques ou vencimentos. Houve, não vou dizer que fosse uma perseguição, uma ideia que eles tinham que felizmente nunca puderam concretizar, de que eu estava envolvido em negócios ilícitos, até no FC Porto. Encarei com naturalidade, porque tenho a consciência tranquila e tenho a certeza absoluta de que nunca vão encontrar nada, porque nada fiz que não fosse correto e dentro da lei.»